"Divino Jesus, Senhor Augusto e Soberano
Mestre!
Aqui estamos, em lágrimas de ternura e
gratidão, ao lado de teus e nossos filhos! Eles enfrentam, Senhor, no grande
oceano da vida terrena, os primeiros sopros fortes do vendaval que avança sobre
a Tua Barca, e sentem no coração o frio da vigília que precede a manhã das
batalhas decisivas.
Percebem claramente, ó Mestre, que chega,
veloz e silenciosa, a hora do testemunho, e sabem que não há como afrontar a
realidade maior senão de alma aberta e confiada em Ti.
Dá, porém, Augusto Condutor de nossas vidas,
que eles percebam, mais clara e permanentemente que nem só cardos e pedras
atapetam o chão áspero da senda a que a Tua Bondade os conduziu.
Que eles recolham, no escrínio íntimo, as
flores perfumosas e sinceras que o nosso afeto lhes oferece todos os dias e
todas as noites.
Que vejam, Mestre Amado, as nossas mães
carinhosas a afagar lhes as frontes cansadas e a encorajá-los à batalha
redentora!
Ó Pastor Sublime, dá que eles se apercebam de
que o nosso coração acompanha cada um dos seus passos, nossos braços secundam
os seus braços, nossos olhos choram as mesmas gotas de pranto e contemplam, no
longínquo Céu, as mesmas estrelas!
São nossos irmãos muito amados - e mais - são
nossos filhos, a quem acalentamos durante muitos séculos, no desdobrar-se
incessante dos tempos, e a quem nem sempre soubemos encaminhar e defender.
Agora, Glorioso Governador de nossas almas,
somos compelidos a acompanha-los no silêncio do anonimato e na constância do
amor, deixando-os, porém, livres e aparentemente sós, à frente dos vagalhões
que vem vindo ao seu encontro.
Confiamos neles, mas sobretudo confiamos em
Ti, que a todos nos amparas e nos guias, para que, ó Redentor Excelso, o nosso
sublime amanhã alvoreça maravilhoso, sobre nós, no firmamento sagrado que cobre
esta Pátria bendita, em que replantaste, para o Novo Milênio, a Árvore Divina
da Tua Boa Nova!"
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