sábado, 20 de março de 2010

A ARMA DOS DESARMADOS




Um Irmão que já viveu Armado

Se Jesus tivesse de votar agora no referendo pela proibição do comércio de armas de fogo e munições, ele votaria sim, porque há mais de dois mil anos, ele já votava assim ao recomendar ao seu apóstolo Pedro: "Embainha a tua espada!". Se fosse hoje, ele diria certamente: "Recolhe o teu revólver, o teu fuzil, a tua metralhadora, a tua bomba!" E disse mais no Sermão da Montanha: "Bem-aventurados os mansos e os pacíficos porque possuirão a Terra." Com isso, ele preconizou a humanidade do futuro: o homem desarmado. É esta geração que deve habitar o planeta, com as transformações que nele se sucedem impulsionadas pelo amor ou pela dor.

Não vamos nos deter aqui na repetição cansativa das estatísticas para justificar o nosso sim contra o comércio das armas. As estatísticas são geralmente frias, porque se baseiam em números. E o homem não pode continuar sendo apenas um número na população, porque ele é um ser vivo dotado de inteligência e sentimentos, emoções, sonhos e esperanças. Vamos recorrer a alguns fatos mais concretos, às obras dos próprios homens, para que o leitor tire suas conclusões e ouça o que lhe diz a consciência quanto à grave decisão que deverá tomar ao ter que digitar um sim ou um não no referendo sobre a proibição do comércio das armas. O próprio Jesus advertiu nos Evangelhos sobre a importância do instante em que se tem que decidir: "sim, sim; não, não."

O que legaram à humanidade homens violentos e armados até os dentes como Júlio César, Alexandre o Grande, Gengiskan, Calígula, Nero, Hitler, Mussolini, Stalin, Napoleão, Catarina de Medicis, Mao Tse Tung, Pol Pot, Milosevic, Idi Amin Dada, Sharom, Bush, Saddam Hussein, Bin Laden e Lampião? Só Pol Pot matou 20% da população do Camboja. Agora, vamos consultar as obras dos totalmente desarmados como Jesus, Buda, Gandhi, Nelson Mandela, Luther King, Pasteur, Tolstoi, Sabin, Graham Bell, Freud, Darwin, Beethoven, Goethe, Tereza de Calcutá, Karol Wojtyla, Oswaldo Cruz, Vital Brasil, Chico Xavier e Aleijadinho?

Gandhi, que se tornou conhecido como o "apóstolo da não-violência", libertou a Índia do jugo inglês sem disparar um tiro. E disse: "A não-violência é a lei da espécie humana, assim como a violência é a lei do bruto." E numa linguagem mais atual, digna de figurar na propaganda pelo desarmamento, completou: "A benevolência da alma suplanta a violência das armas." Como o Cristo, foi vítima da violência - a munição presente em todas as armas, como o veneno está em todas as serpentes. Diz o psiquiatra-escritor Augusto Cury, em seu livro O Futuro da Humanidade - a saga de Marco Pólo, que em tudo o que nós cremos nos controla. E se aquilo em que cremos nos aprisiona, seremos prisioneiros dessa crença. Mas se aquilo em que cremos nos liberta, seremos livres.

Precisamos nos libertar da filosofia ultrapassada que dizia: "Se queres a paz, prepares a guerra." É falsa a idéia de que a arma proporciona segurança. O homem que conhece Deus sabe que a sua segurança e toda a sua defesa estão nele. Os violentos, os armados vão ter que aprender com os pacíficos e os desarmados, como as feras vão se domesticando pela dedicação do domador. Mas temos que dar o primeiro passo, aderindo ao desarmamento geral. Desarme-se que você estará mais bem armado. Votar sim contra as armas é como se você votasse pelo amor - a arma dos desarmados.

De um irmão que já viveu armado.
(Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Pereira.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário