sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

NATAL DO SENHOR

Mestre Amado e Generoso,
Nas bênçãos de Teu Natal,
Também nós te recordamos
No campo espiritual

E lembramos comovidos,
A noite ditosa e bela,
Em que surgiste, exaltando
A manjedoura singela.

Divino Pastor, nascias,
Na solidão da pobreza,
Santificando a humildade
Nas luzes da natureza.

E trabalhaste e sofreste
Para as vitórias da luz,
Desde a esperança do berço
Às ironias da cruz.

E embora os Teus sacrifícios
Na lágrima, no suor,
A Terra, Jesus, se veste
De angústia, miséria e dor.

Volta a nós, Pastor Sublime,
Que o edil da humanidade,
Se estende aos abismos negros
De ignorância e maldade.

As tuas ovelhas frágeis
Cansadas de sombra e guerra,
Atropelam-se assustadas,
Ao longo de toda Terra!

As seitas religiosas,
Que ensinam a divisão,
Fomentam carnificinas,
Envenenando a razão.

A ciência que extermina
Faz do mundo seu vassalo,
Enquanto a filosofia
Prega o bem sem praticá-lo.

Ó Senhor, dá-nos, de novo,
Fidelidade ao dever,
No Dom da simplicidade,
No impulso de agradecer.

Que em Teu Natal, nós possamos
Recordar com mais fervor,
Teus exemplos de renúncia
E as tuas lições de amor.

Concede-nos, mestre Amigo,
Nas lutas de redenção,
Nova fé, nova esperança
Ao templo do coração.


Casimiro Cunha
Livro: PREITO DE AMOR - Francisco Cândido Xavier

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