quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

NOS CAMINHOS DO TEMPO

Achamo-nos todos enleados nas teias da justiça, no campo infinito do tempo, buscando resgatar antigos débitos de ordem espiritual, uns à frente dos outros, e, enquanto nos encarceramos no propósito de cobrança, permaneceremos algemados ao poste mental das flagelações íntimas, encontrando no mundo vasto purgatório de nossos próprios sentimentos.
Só o amor verdadeiro, sentido e vivido, é capaz de subtrair-nos ao fardo da sombra.
Só ele possui bastante luz para dissipar as trevas de que somos antigos prisioneiros.
Não olvides a necessidade de desculpar infinitamente.
Diante da palavra que te magoe, cultiva o silêncio de quem auxilia sem o intuito de recompensa.
Compadece-te sempre.
O amigo que a vaidade cristalizou na ignorância, o familiar que se enregelou na indiferença, o companheiro que desertou do dever a cumprir, o irmão que se converteu em adversário, o inimigo gratuito que te parece são pessoas dignas de piedade.
Quando puderes submeter a própria vida ao câmbio do Cristo, que nos solicita permutar o bem pelo mal, transformando-te em manancial vivo da fraternidade legítima para todos os que te cruzem os passos, o amor será tua experiência o gênio libertador do coração, pulverizando as sombras que ainda te ocultam os horizontes da Vida Maior, os quais em se descerrando os teus olhos deslumbrados, converter-se-ão em apelos de luz à tua própria ascensão.

Espirito: Emmanuel
Livro “Assim Vencerás” Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Nenhum comentário:

Postar um comentário