domingo, 9 de janeiro de 2011

OS CRITÉRIOS DO ESPÍRITO ERASTO

Allan Kardec, no livro "Viagem Espírita m 1862" faz algumas advertências que convém não desprezarmos:

I- Os espíritas NÃO CONSTITUEM nem uma SOCIEDADE SECRETA, nem uma AFILIAÇÃO. Eles NÃO DEVEM, POIS, TER UM SINAL SECRETO para mútua identificação. Eles NADA ENSINAM e NADA PRATICAM que não possa ser conhecido por TODA A GENTE e não têm por conseqüência nada a ocultar.

II- Os espíritas falam aos demais sem temor algum "em alto e bom tom". Não temem esconder suas convicções, são seguros e corajosos de afirmar sua opinião.

III- Se o Espiritismo tivesse emergido das classes menos esclarecidas, sem nenhuma dúvida a ele estariam enredadas muitas superstições: ele, entretanto, nasceu em meios esclarecidos e só depois de se ter aí depurado e elaborado foi que penetrou, nos dias que correm, nas camadas menos cultas da sociedade, onde chegou desembaraçado, pela experiência e observação, de todas as implicações espúrias. O que poderia realmente SE TORNAR PERIGOSO PARA O VULGO, seria o CHARLATANISMO. Assim sendo, nunca será demais COMBATER, DE MODO CONSTANTE E CUIDADOSO, A EXPLORAÇÃO, FONTE INEVITÁVEL DE ABUSOS, e isso por TODOS OS MEIOS LÍCITOS ao nosso alcance.

IV- A LUZ PENETRA sempre na oficina de trabalho, mesmo SOB A CHOUPANA, à medida que O SOL DA INTELIGÊNCIA se ergue no horizonte e dardeja seus raios mais intensos. As idéias espíritas seguem esse movimento. Elas estão no ar e não é dado a ninguém contê-las. O ÚNICO NECESSÁRIO É DIRIGIR-LHE O CURSO.

V- O PONTO CAPITAL DO ESPIRITISMO É O LADO MORAL. Eis o que é preciso, - mesmo À CUSTA DE TODO E QUALQUER ESFORÇO, - fazer COMPREENSÍVEL, e, note-se, que é assim que ele é visto, mesmo nas classes menos esclarecidas. Por esse motivo o seu efeito moralizador já é manifesto.

VI- O Espiritismo tem inimigos, como toda e qualquer idéia nova os tem. Uma idéia que se estabelecesse sem oposições, , seria um fato que poderíamos ter como miraculoso. E ainda há mais: quando mais falsa e absurda, menos encontrará adversários, enquanto que os terá em número tanto maior quanto mais ela FOR VERDADEIRA, JUSTA e ÚTIL. Esta é uma conseqüência natural do estado atual da Humanidade.

VII- Toda IDÉIA NOVA, vem necessariamente, suplantar uma IDÉIA VELHA. Se ela é falsa, ridícula ou impraticável, ninguém lhe dá importância, pois que, instintivamente, compreende-se que não tem vitalidade. Deixam-na morrer de morte natural. Se é justa e fecunda, ela atemoriza aqueles que, a qualquer título, por orgulho ou interesse material, estiverem interessados em manter a idéia antiga. Estes a combaterão e com tanto mais ardor quanto melhor perceberem o perigo que representam aos seus interesses.

No meio espírita ainda ocorrem entrechoques de idéias, pois grande parte de seus adeptos conservam em seus espíritos os ranços de doutrinas conservadoras e dogmáticas. Ainda vivemos num entrechoque de idéias onde se põem em confronto acirrado NOVAS e VELHAS, CERTAS e ERRADAS, BOAS e MÁS, num conflito que um dia o genial Leonard Da Vinci simbolizou perfeitamente ao dizer: "Dentro de cada homem existe um Deus e um Demônio em luta acirrada pela supremacia da RAZÃO". São os antagonismos duais que se estabelecem pondo-se em confronto o positivo e o negativo, a tese e a antítese. Quando isto vai terminar? Quando o homem encontrar o ponto de equilíbrio entre o que é e o que não é, quando adotar um critério seguro para verificação da verdade.

VII- Há algo de mais pernicioso ao Espiritismo do que os ataques apaixonados dos seus adversários. É O QUE OS PSEUDO ADEPTOS PUBLICAM EM SEU NOME. Certas publicações são simplesmente lamentáveis, uma vez que oferecem da doutrina espírita uma IDÉIA FALSA e a EXPÕEM ao RIDÍCULO.

IX- Mas para sopesar o efeito dessas DISSIDÊNCIAS, basta observar o quanto passa. Em que SE APÓIAM ELAS? Em opiniões individuais que podem reunir algumas pessoas, pois NÃO HÁ IDÉIAS, POR MAIS ABSURDA que seja, que não encontre participantes.

X- O erro leva consigo, quase sempre, o seu remédio. E o seu reino, por outro lado, nunca é eterno. Cedo ou tarde, enceguecido por uns poucos sucessos efêmeros, faz-se vítima de uma espécie de vertigem e curva-se ante as aberrações que precipitam sua queda.

XI- Esses erros provêm quase sempre de Espíritos levianos, sistemáticos ou pseudo sábios, que se comprazem vendo editadas suas fantasias e utopias e isso por homens que conseguiram enleiar a ponto de fazê-los aceitar, de olhos fechados, tudo quanto lhes debitam, oferecendo alguns poucos grãos de boa qualidade e meio ao joio.

XII- Mas publicá-las pura e simplesmente, apresentá-las como EXPRESSÃO DA VERDADE e garantir a AUTENTICIDADE DAS ASSINATURA, que o BOM SENSO NÃO PODE ADMITIR, nisso está o inconveniente!

XIII- NO INTERESSE DA DOUTRINA, convém, pois, fazer uma ESCOLHA MUITO SEVERA, em semelhantes casos e pôr de lado, com cuidado, tudo quanto pode, por uma causa qualquer, produzir uma ruim impressão. É assim que o médium, conformando-se a esta regra, poderá apresentar uma compilação instrutiva, capaz de atrair as atenções e ser lida com interesse; mas é também assim que, publicando tudo quanto recebe, sem método e sem discernimento, será capaz de apresentar muitos volumes detestáveis, cujo inconveniente menor será o de não serem lidos.

XIV- É PRECISO QUE SE SAIBA que o ESPIRITISMO SÉRIO se faz patrono, com alegria e apressuramento, de toda obra realizada com critério, qualquer que seja o PAÍS DE ONDE PROVÉM, mas que, igualmente, repudia todas as PUBLICAÇÕES EXCÊNTRICAS. Todos os espíritas que de coração, vigiam para que a DOUTRINA NÃO SEJA COMPROMETIDA, DEVEM, POIS, SEM HESITAÇÃO, DENUNCIÁ-LAS, tanto mais porque, se algumas delas são PRODUTOS DA BOA FÉ, outras constituem TRABALHO DOS PRÓPRIOS INIMIGOS DO ESPIRITISMO, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ele. Eis porque, repito, É NECESSÁRIO QUE SAIBAMOS DISTINGUIR AQUILO QUE A DOUTRINA ESPÍRITA ACEITA DAQUILO QUE ELA REPUDIA.

O pensamento de Erasto - Espírito arguto e sábio, a respeito desse milenar conflito, é claro e inequívoco: " Tive que vos falar assim, porque era necessário vos premunir contra um perigo, que era meu dever assinalar." "Não temais desmascarar os embusteiros.".

Eis em síntese as recomendações fundamentais que nortearam os rumos da CODIFICAÇÃO ESPÍRITA e que há muito foram incompreensivelmente deixadas de lado:

1- "Tende por regra que os fenômenos espíritas não servem para espetáculos e divertimento dos curiosos."

2- "... lembrai-vos de que, se é absurdo repelir sistematicamente todos os fenômenos de Além Túmulo, também não é prudente aceitá-los de olhos fechados (...) nunca será demasiado repetir: não aceiteis nada cegamente. Que cada fato seja submetido a um exame rigoroso, minucioso, aprofundado, severo." (O Livro dos Médiuns)

3-"Os maus médiuns, que abusam ou empregam mal as suas qualidades, sofrerão triste conseqüência, como já aconteceu com alguns. Eles aprenderão à própria custa o que devem pagar ao reverterem EM PROVEITO DE SUAS PAIXÕES TERRENAS um dom que Deus lhes concedeu para seu progresso moral." (O Livro dos Médiuns).

4- "... raramente os Espíritos superiores se comunicam por seus condutores, quando podem dispor de bons médiuns. Os médiuns levianos, pouco sérios, chamam Espíritos da mesma natureza. Suas comunicações se caracterizam pela banalidade, pela frivolidade, por palavras truncadas (...). Certamente podem dizer, e dizem às vezes, boas coisas, mas é precisamente nesse caso que é precisamente nesse caso que é preciso submetê-las a um exame severo e escrupuloso" (O Livro dos Médiuns).

5- "Na dúvida, abstém-te, diz um sábio provérbio antigo. NÃO ADMITAIS, POIS, O QUE NÃO FOR PARA VÓS DE EVIDÊNCIA NEGÁVEL. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a sempre pelo crivo da razão e da lógica. O que o bom-senso e a razão reprovam, rejeitai corajosamente. MAIS VALE REJEITAR DEZ VERDADES DO QUE ADMITIR UMA ÚNICA MENTIRA, UMA ÚNICA TEORIA FALSA. ( O Livro dos Médiuns - parte II, cap. XX-30).

6- "O médium é o individuo que serve de traço de união aos Espíritos, a fim de que estes possam comunicar-se com os homens, Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium nada de comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, nem de qualquer outra espécie." (O Livro dos Médiuns).

7- "... cuidado, porque entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho e buscai a verdade." (O Livro dos Médiuns - cap. XX-04).

8-"Não se confia o comando de um exército senão a um general hábil e capaz de o dirigir (...). Ficai certos de que Deus só confia missões importantes aos que são capazes de as cumprir, porque as grandes missões são pesados fardos, que esmagariam os carregadores demasiados fracos." (O Evangelho segundo o Espiritismo - cap. XXI-9).

9- "Desconfiai dos FALSOS PROFETAS. Esta recomendação é útil em todos os tempos, mas sobretudo nos momentos de transição, em que, como neste, se elabora uma transformação da Humanidade. Porque, nesses momentos, uma multidão de AMBICIOSOS e FARSANTES se arvoram em REFORMADORES e MESSIAS. É contra esses impostores que se deve estar em guarda e o DEVER DE TODO HOMEM HONESTO É DESMASCARÁ-LOS (...). Já se viram desses impostores apresentarem-se como apóstolos do Cristo (...) e para vergonha da Humanidade, ENCONTRAM-SE PESSOAS BASTANTE CRÉDULAS para aceitarem as suas IMPOSTURAS.

10- O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos profetas, bem mais perigosa que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É O DOS ESPÍRITOS ENGANADORES, HIPÓCRITAS, ORGULHOSOS e PSEUDO-SÁBIOS que (...) se disfarçam com NOMES VENERÁVEIS, para procurar, através da MÁSCARA QUE USAM, tornar as suas idéias, freqüentemente as mais BIZARRAS e ABSURDAS." (O Evangelho segundo o Espiritismo).

sábado, 8 de janeiro de 2011

DETALHES DA INGRATIDÃO


Conta-se que em Londres vivia um funcionário da limpeza pública chamado Mollygruber.
Idoso, era estimado por todos pelos valores morais que cultivava.
Uma manhã, quando recolhia o lixo do parque onde trabalhava, viu que um menino se debatia desesperadamente nas águas do lago. Logo percebeu que o garoto estava se afogando.
Pessoas se aglomeravam, assistindo curiosos, barulhentos, sem nada fazer em auxílio à criança.
O velho trabalhador, embora com suas dores reumáticas, se atirou na água gelada. Com dificuldade, trouxe o menino são e salvo, de volta às margens do lago.
Dada sua saúde precária, caiu desmaiado ali mesmo. A ambulância foi chamada e ele foi levado ao hospital.
Seu feito logo ganhou as páginas dos jornais.
Enquanto isso, a mãe do menino que fora salvo, chegou ao local e começou a examinar o filho, totalmente transtornada.
Em dado momento, olhou para a cabeça do menino e notou a falta do boné que ela dera de presente a ele, naquele dia.
Começou a gritar e a reclamar, dizendo que o velho roubara o bonezinho do seu filho.
E exigia que trouxessem de volta o boné. Como ninguém lhe atendesse o desejo, por totalmente descabido, ela foi até o hospital.
Nem se dera conta de que a vida de seu filho, o bem mais precioso, fora preservada. Que, graças a Deus, ele estava bem porque fora retirado da água, antes de ficar enregelado.
Não. O que ela queria era o bonezinho do garoto.
Chegando ao hospital, exigiu ver o velho que realizara o furto.
Tanto gritou e fez escândalo, que o médico de plantão, indignado, lhe disse:
Se a senhora não deixar o nosso herói descansar e se recuperar em paz, eu chamo a polícia para prendê-la.
Com o choque, a mulher se calou e foi para casa.
No dia seguinte, o idoso trabalhador morreu. Os moradores da região, aonde ele vinha servindo com retidão, há anos, inundaram o parque de flores e de letreiros com mensagens de gratidão.
Era a sincera homenagem a quem doou a própria vida para salvar uma criança desconhecida.

Por vezes, esquecemos-nos de ser gratos a dádivas que nos são ofertadas.
Em vez de lembrarmos-nos das alegrias que nos chegam, dos amigos que nos brindam com sua presença, lembramos somente da maldade com que fomos alcançados em algum momento.
Assim, um amigo nos oferece seu carinho e atenção por anos. Certo dia, em que ele não está bem, e nos dirige uma palavra infeliz, de imediato o descartamos de nossa convivência.
E, dali por diante, a todos os que encontrarmos, diremos da nossa mágoa, da agressão que recebemos da má educação do ex-amigo.
Contudo, nos dias de felicidade e bem querer, não ficamos alardeando tudo o que aquela pessoa nos ofereceu.
Esquecemos de que passou a noite conosco, no hospital, quando nos acidentamos e nossos familiares estavam distantes.
Olvidamos que nos estendeu a carteira farta, nos dias das nossas necessidades, nunca pedindo pagamento dos dispêndios que teve conosco.
Não recordamos dos dias de alegria das férias compartilhadas, dos passeios realizados, dos momentos em que nos alimentou a alma com a sua alegria e disposição.
Pensamos somente no ato infeliz de um dia, de um instante.
Pensemos um pouco se, ante as bênçãos que nos chegam, não estamos agindo como aquela equivocada mãe.

Redação do Momento Espírita com base em antiga história de Lobsang Rampa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A VISÃO ESPÍRITA DO DIABETE

Os pacientes portadores do diabete melito tipo 1 desenvolvem esta doença na infância e na adolescência, como consequência de um ataque do sistema imunológico às células beta de seu pâncreas.
A doença tem início abrupto, levando o paciente, na maioria dos casos, à internação hospitalar em estado de coma. Após a hospitalização, o paciente e sua família se defrontam com uma série de condutas que incluem dieta, exercícios físicos, aplicações de insulina, exames laboratoriais, teste de urina e sangue, visitas constantes ao médico, entre outras.
O paciente passa por diversas fases de entendimento e aceitação da doença, mas, após alguns anos, a maioria deles abandona as condutas preconizadas, só retornando a elas quando começam a aparecer as complicações: retinopatia, neuropatia, nefropatia, etc.. O estímulo para esses pacientes cumprirem as condutas propostas vem geralmente da pressão exercida pela família e pelo endocrinologista, isto é, a conduta lhe é imposta sem sua concordância.
Como são espíritos muito inteligentes e sensíveis, mas extremamente indisciplinados, a anuência a essas condutas deveria ocorrer como consequência de seu entendimento do porquê da doença e do porquê da dor.

OBJETIVOS: Temos tentado esclarecer o paciente, através de exposições sobre programação reencarnatória, que ele aceitou e/ou solicitou a possibilidade do diabete como aprendizado necessário para seu espírito, levando-o à compreensão de que a causa do diabete está nas dificuldades encontradas pelo espírito bem antes da lesão pancreática.
Como o despertar que o esclarecimento lhe traz, abre-se em sua mente um campo novo de cogitações sobre a vida espiritual, sobre a imortalidade, levando-o a uma visão mais ampla da vida e desaparecendo a visão puramente organicista. O enfoque do diabete sai do pâncreas e vai para o espírito. Na medida em que seu entendimento se amplia e se aprofunda, o paciente se livra das pressões que lhe foram impostas e assume uma postura mais lúcida, mais equilibrada em relação a si mesmo. E isso se traduz através de uma aderência maior ao tratamento. Quantificamos essa aderência pela dosagem períodica da hemoglobina glicosilada, método hoje aceito mundialmente como o melhor para avaliar o controle do diabete.

MATERIAL E MÉTODOS: Convidamos, por ordem de chegada à clínica, dez pacientes jovens que não apresentassem complicações diabéticas secundárias, para participarem das exposições sobre a programação reencarnatória. Poderiam se fazer acompanhar dos pais. Perguntamos inicialmente a cada um onde estava dois anos antes de "entrar na barriga" de sua mãe. Como já comentamos, eles são jovens muito inteligentes, acostumados a dar respostas imediatamente. Nenhum deles soube responder, exceto um que é espírita.
Insistimos com as perguntas: E há três anos? Quatro anos? Cinco anos antes de você entrar na barriga de sua mãe? Quem era você? Onde você estava? É extramamente curioso constatar que eles nunca tinham sequer cogitado sobre essa época de sua existência. Para eles também, a experiência é excitante. Mais tarde, eles comentam: "Eu nunca tinha pensado nisso. Como pode?
Gerada essa expectativa, passamos a discorrer sobre o Instituto da Reencarnação (Missionários da Luz). Informamos sobre o mundo espiritual, as cidades espirituais, a moradia dos espíritos, a verdadeira pátria espiritual. Entre outras coisas, esclarecemos que ali eles estavam adultos, mais maduros, emancipados, podendo ver as últimas reencarnações e cogitar o planejamento das próximas.
Observando as últimas vivências, notaram que tinham falhado pela própria indisciplina, a qual continua sendo o traço marcante negativo de suas personalidades. Também reconheciam a extrema dificuldade em trabalhar as perdas. A indisciplina os tinha levado a falhar na conquista dos reais objetivos de uma reencarnação e o espírito, com toda sua bagagem, sente-se culpado pelo tempo perdido e pede o diabete como aprendizado, para que possa se disciplinar. Nada mais disciplinador do que o DIABETE MELITO: horário para levantar e para deitar, exercícios diários, alimentação na hora certa com as calorias certas, testes de urina, testes de sangue, aplicações de insulina várias vezes ao dia, consultas médicas. Tudo pelo resto da vida. E foi você quem pediu !

OS TRÊS PROJETOS: No Projeto Biofísico, em conformidade com a genética dos futuros pais, são mostrados os mínimos detalhes físicos, como altura, cor da pele, cor dos olhos, beleza, fealdade e compleição física de seu futuro corpo, em diferentes planilhas para cada um de seus sistemas: neurológico, sistema músculo-esquelético, sistema endócrino etc... Após o mergulho no útero materno e o nascimento, os pais procuram dar continuidade a esse projeto, através de alimentação sadia, vitaminas, medicamentos, vacinas, esportes, etc...

"SOMENTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO O ESPÍRITO CONSEGUE DESPERTAR PARA SUA CONDIÇÃO DE ESPÍRITO MILENAR COM RESPONSABILIDADES SOBRE SEUS ATOS PASSADOS, ABANDONANDO DOGMAS E VELHOS CONCEITOS E ENTENDENDO QUE ELE É O CONSTRUTOR DE SEU FUTURO".

Pelo Projeto Social, em sua programação reencarnatória também ficou sabendo sobre a família que teria, o acesso à cultura, a escolaridade, a possibilidade de cursar universidade, a profissão, as tarefas na sociedade, etc.. A continuidade desse projeto geralmente é assegurada pela família, que se empenha em lhe fornecer recursos para sua educação, instrução e formação profissional, mas quase sempre sob a ótica materialista, acatando as tendências mercantilistas sem analisar as aptidões e necessidades do espírito.
O Projeto Espiritual é o mais importante dos projetos, o motivo principal da reencarnação, a oportunidade de crescimento espiritual. Por que estamos reencarnados? Para quê? Quais são os objetivos de uma reencarnação? Crescemos fortes e sadios? Atingimos posições de destaque na sociedade? Só isso? Não. O objetivo maior é o crescimento espiritual. Desenvolvermos os projetos do espírito que estão abandonados há séculos. Crescermos em conhecimento e capacidade afetiva, vencendo as carências e defeitos do espírito. Por exemplo, sua indisciplina.
Se você se disciplinar, você vence o diabete, do contrário,o diabete vence você. A disciplina nascida de um entendimento profundo sobre suas dificuldades espirituais dará início ao processo de cura do espírito, a verdadeira cura. Nesse instante, passamos a comentar a lição evangélica da obediência e resignação.

RESULTADOS: Como já comentamos, os diabéticos tipo 1 são jovens muito inteligentes e sensíveis. Todos entendem e aceitam a proposta com muita naturalidade, ao contrário de seus acompanhantes, que geralmente não entendem. Do grupo inicial de dez pacientes, três não puderam assistir às exposições por mudanças nos seus horários de trabalho e estudo. Quatro jovens desse grupo solicitaram livros espíritas para se aprofundarem no assunto.
A hemoglobina glicosilada, que foi escolhida por nós como principal método de avaliação da aderência ao tratamento, mostrou sensível melhora na maioria dos pacientes e piorou em um outro. O tempo de acompanhamento do grupo foi extremamente curto, entretanto, permitiu conclusões definitivas. Com a continuidade do trabalho, é possível fazermos uma avaliação mais segura e abrangente. As exposições não tiveram a intenção de "converter" os pacientes em espíritas, mas sim informá-los sobre a vida espiritual, dando-lhes condições de buscar um novo paradigma de vida.

Somente através da educação o espírito consegue despertar para sua condição de espírito milenar com responsabilidades sobre seus atos passados, abandonando dogmas e velhos conceitos e entendendo que ele é o contrutor de seu futuro. Desmistificando o nascimento e a morte como início e o fim, que as dificuldades do corpo físico, servem como uma aprendizado para seu espírito, propiciadoras de crescimento e libertação.

Associação Médicos Espírittas

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

RELAÇÕES HOMOAFETIVAS


Este artigo propõe-se a esboçar, sob a ótica espírita, alguns pontos básicos da intrigante questão, pertinente à Lei de Reprodução: a homossexualidade, ou homoafetividade, como se tem convencionado chamá-la no meio jurídico.1 Não há a vã pretensão de esgotar o assunto nem de dar respostas prontas a todas as perguntas. O objetivo é despertar a reflexão e estimular o leitor a buscá-las por si mesmo.

Este tema ainda é um tabu em todo o mundo, porquanto a homossexualidade, embora seja tão antiga quanto o homem e exista inclusive no reino animal, é vista como um comportamento social contrário à natureza, talvez por ser algo fora dos padrões do que é considerado “normal”. Mas será que é isso mesmo? A pessoa, invariavelmente, é homossexual porque o deseja? Porque assim o escolheu? A homossexualidade, desde o final do século XX, deixou de ser considerada doença por organismos internacionais e pelo Conselho Federal de Psicologia, no Brasil.2 De acordo com a legislação brasileira, o casamento – vínculo conjugal entre duas pessoas – só é possível entre homem e mulher. Entretanto, aumenta cada vez mais o número de pessoas do mesmo sexo que sustentam vida em comum e que ficam à margem da proteção legal. Em vista disso, o Poder Judiciário tem sido constantemente instado a resolver conflitos desse jaez, tais como os relativos a pedidos de adoção de crianças, questões sucessórias, alimentares, previdenciárias, entre outras.

À míngua de norma explícita que autorize tais uniões, os intérpretes buscam respaldo na Constituição Federal, por analogia à união estável entre homem e mulher e à família monoparental, que foram equiparadas, pelo constituinte, a entidades familiares. Tomam por base princípios constitucionais muito caros às democracias, entre eles o da dignidade da pessoa humana, o da liberdade e o da igualdade, para concluir que é possível a união estável entre pessoas de sexo idêntico, com todas as consequências jurídicas próprias dos institutos referidos.3 O que há, ainda, é muita ignorância e preconceito no tocante à homossexualidade, cujas causas reais são praticamente desconhecidas dos especialistas encarnados.

Em virtude da visão fragmentária e reducionista que as ciências acadêmicas nutrem a respeito do ser humano, considerando como ente finito, e que, sob essa ótica, desapareceria para sempre da realidade após a morte física, muitos fenômenos psicológicos, sociais e biológicos, entre eles a homossexualidade, têm sido precariamente estudados e interpretados pelos estudiosos encarnados. A seu turno, a Doutrina Espírita oferece subsídios valiosos para auxiliar a compreensão de tais incógnitas, uma vez que analisa o ser humano sob o prisma holístico.4 Isto é, investiga as causas do enigma, pois não se detém apenas no exame dos fatores físicos e psicológicos inerentes ao ser humano.

O seu estudo, por si só, constitui uma excelente terapêutica, visto que auxilia a libertação de muitos conflitos e encaminha as pessoas para a tomada de atitudes mais coerentes e seguras diante da vida. Os benfeitores do Alto, nas questões 200 e 201 de O Livro dos Espíritos (Ed. FEB), deixam claro que os Espíritos não têm sexo, como o entendemos, e que podem encarnar ora como homem, ora como mulher. E complementam – “há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos”.

Portanto, as preferências sentimentais de pessoas por outras do mesmo gênero nem sempre implicam a existência de conúbio carnal ou o desvirtuamento e o abuso das faculdades genésicas, abuso esse que também ocorre, expressivamente, entre os indivíduos heterossexuais. Qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, jamais logrará realização, se se entregar aos excessos no campo da sexualidade. Nesses casos, o indivíduo sujeita-se a adquirir hábitos nocivos e a viciar-se nas aberrações da luxúria, essas, sim, contrárias às leis naturais, as quais convidarão o Espírito imortal a corrigi-las nas futuras encarnações.

– Por que sou assim? – frequentemente perguntam crianças e jovens de ambos os sexos, atormentados com a descoberta de suas tendências homossexuais, sem que tenham, conscientemente, escolhido esse caminho. Já os pais de homossexuais, alguns deles chocados com a orientação sexual de seus filhos, geralmente têm como primeira reação buscar uma explicação racional para a origem da homossexualidade. De acordo com o ensino dos Espíritos superiores, o sexo reside na mente, expressa-se no corpo espiritual (perispírito)5 e, consequentemente, no corpo físico: [...] o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente na permuta de raios psíquico-magnéticos, que lhes são necessários ao progresso. [...] ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.6

Kardec também enfrentou esse assunto na Revista Espírita, onde esclareceu que as “anomalias aparentes” do caráter de certas pessoas se devem aos atavismos que o ser reencarnado traz de outras vidas. 7 Entretanto, essas características que as pessoas apresentam não as transformam, automaticamente, num homossexual. Outros Espíritos, com a finalidade de expiarem erros do passado ou exercerem tarefas de auxílio e/ou aprendizado, renascem em corpos incompatíveis com o seu psiquismo, pelo que, não raro, enfrentam severas rejeições de seus próprios familiares e são marginalizados pela sociedade, circunstâncias em que podem ser induzidos ao desvirtuamento e à viciação de suas sublimes faculdades reprodutoras.

O Espírito Emmanuel explica que muito dos enigmas da sexualidade se deve ao desconhecimento de nossa origem espiritual e biológica, está radicada nos seres inferiores da criação, de cujos instintos ainda não nos libertamos totalmente, bem assim ao desconhecimento da reencarnação e dos reflexos das experiências pretéritas.8 Não nascemos prontos, e nosso processo evolutivo prossegue sem detença, ainda muito distante da almejada perfeição. Por isso, é apropriada a comparação simbólica do ser humano personalizado na figura do Centauro, monstro da mitologia, cujo corpo da cintura para cima se apresenta como homem e a outra metade como animal. Esmagadora maioria dos pais não tem condições psicológicas nem experiência para tratar de um assunto dessa envergadura, quando ele surge no seio familiar.

Além disso, os pais nem sempre encontram uma orientação psicológica segura para enfrentar a situação, em virtude da diretriz materialista de muitos especialistas, como já visto. Há casos de homossexuais que, devido ao desconhecimento espiritual de si mesmo e muitas vezes da própria orientação sexual, associado à cobrança sociocultural, experimentam momentos de intensos sofrimentos psíquicos, em virtude de suas emoções estarem nesse instante em processo de desequilíbrio. Dessa maneira, tornam-se solitários, com muitas dificuldades de relacionamento. É quando, diante das pressões sociais, principalmente da família, percebem-se em conflito oriundo da própria sexualidade, oportunidade em que podem vivenciar um quadro de ambivalência ou ambiguidade afetiva de ordem existencial, encapsulando-se em seus dramas. Nessas condições perturbadoras, é possível que desenvolvam ideações suicidas, com predomínio de tentativas de autocídio.

Para as famílias de homossexuais e para esses próprios, recomenda-se, entre outros, o livro de autoria da educadora e professora paulistana Edith Modesto.9 Trata-se de obra utilíssima, uma vez que traz a experiência pessoal de uma mãe que arrostou o desafio de trabalhar seus sentimentos e os de seus familiares ante o desabrochamento da homossexualidade em um de seus sete filhos.10

As teorias humanas reducionistas, que visualizam a criatura apenas como a expressão da matéria, têm que ser revistas urgentemente, para que semeemos um futuro melhor para a Humanidade, em consonância com as leis naturais ou divinas. A exclusão social é produto do egoísmo,que deve ser superada com os recursos modernos à disposição da sociedade.Falo não só da modernidade da revolução tecnológica proporcionada pelo conhecimento humano, em seus múltiplos aspectos, mas, sobretudo, do legado dos ensinos cristãos de amor ao próximo, que jamais será ultrapassado, pois está acima dos critérios transitórios do mundo.

Reformador Dez.2010

Referências:
1-Informação acessada em 26/9/2010, no site http://www.mbdias.com.br/hartigos.%20aspx?77,14.
2-Resolução CFP no 1/99.
3-Arts. 1o, caput, III; 5o, caput, I; e 226, §§ 3o e 4o, todos da Constituição Federal Brasileira.
4-Pela teoria holística, a criatura humana é considerada um todo indivisível e não pode ser explicada pelos seus distintos componentes, separadamente (físico, psicológico, moral, espiritual).
5-Perispírito é o envoltório semimaterial do Espírito, que tem como uma das funções básicas servir de intermediário entre este e o corpo físico.
6-XAVIER, Francisco C. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 25. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 18, itens Alimento espiritual, p. 183; e Enfermidades do instinto sexual, p. 185.
7-KARDEC, Allan. As mulheres têm alma? In: Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 9, p. 17, jan. 1866. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009.
8-XAVIER, Francisco C. Vida e sexo. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21.
9-Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais. Editora Record. A obra toda.

domingo, 2 de janeiro de 2011

OPORTUNIDADE E TEMPO – ANO NOVO

Todos querem iniciar mais um ano com esperanças renovadas. É um momento de alegria e confraternização.

As rogativas, em geral, são para que se tenha muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender.

Mas será que se tivermos tudo isso teremos a garantia de um ano novo cheio de felicidade?

Se Deus nos dá saúde, o que normalmente ocorre é que tratamos de acabar com ela em nome das festas. Sejam com os excessos na alimentação, bebidas alcoólicas, tabaco, ou outras drogas não menos prejudiciais à saúde.

Não nos damos conta de que a nossa saúde depende de nós.

Dessa forma, se quisermos um bom ano, teremos que fazer a nossa parte.

Se pararmos para analisar o que significa a passagem do ano, perceberemos que nada se modifica externamente.

Tudo continua sendo como na véspera. Os doentes continuam doentes, os que estão no cárcere permanecem encarcerados, os infelizes continuam os mesmos, os criminosos seguem arquitetando seus crimes, e assim por diante.

Nós, e somente nós podemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói.

Poderemos almejar por um ano bom se desde agora começarmos um investimento sólido, já que no ano que se encerra tivemos os resultados dos investimentos do ano imediatamente anterior e assim sucessivamente.

Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, repensando os nossos valores, corrigindo os nossos passos, dando uma nova direção à nossa estrada particular.

Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz.

Se pensarmos um pouco mais nas pessoas que convivem conosco, se abrirmos os olhos para ver quanta dor nos rodeia, se colocarmos nossas mãos no trabalho de construção de um mundo melhor, conquistaremos, um dia, a felicidade que tanto almejamos.

Só há um caminho para se chegar à felicidade. E esse caminho foi mostrado por quem realmente tem autoridade, por já tê-lo trilhado. Esse alguém nós conhecemos como Jesus de Nazaré, o Cristo.

No ensinamento "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" está a chave da felicidade verdadeira.

Jesus nos coloca como ponto de referência. Por isso recomenda que amemos o próximo como a nós mesmos nos amamos.

Quem se ama preserva a saúde. Quem se ama não bombardeia o seu corpo com elementos nocivos, nem o espírito com a ira, a inveja, o ciúme etc.

Quem ama a Deus acima de todas as coisas, respeita sua criação e suas leis. Respeita seus semelhantes porque sabe que todos foram criados por ele e que ele a todos nos ama.

Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo.

Importa que saibamos que o novo período de tempo que se inicia, como tantos outros que já passaram, será repleto de oportunidades. Aproveitá-las bem ou mal, depende exclusivamente de cada um de nós.

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O rio das oportunidades passa com suas águas sem que retornem nas mesmas circunstâncias ou situação.

Assim, o dia hoje logo passará e o chamaremos ontem, como o amanhã será em breve hoje, que se tornará ontem igualmente.

E, sem que nos dermos conta, estaremos logo chamando este ano que se inicia de ano passado e assim sucessivamente.

Que todos possam aproveitar muito bem o tesouro dos minutos na construção do amanhã feliz que desejamos, pois a eternidade é feita de segundos.•.

Autor: Equipe da Redação do Momento Espírita, com base no livro Repositório de sabedoria, verbetes: oportunidade e tempo.