terça-feira, 30 de junho de 2009

AMOR E SABEDORIA DE CHICO XAVIER


EM LEMBRANÇA AO SÉTIMO ANO DA DESENCARNAÇÃO DE FRANCISCO CANDIDO XAVIER


Nosso querido conterrâneo Adelino da Silveira, em seu livro Momentos com Chico Xavier, num esforço de recolher apontamentos e passagens da vida do grande médium, brinda o leitor com palavras que são verdadeiro alimento espiritual. Vejamos algumas dessas máximas de sabedoria e amor.
Disse o Chico:
Não se sente caído
"Tudo o que Jesus falou no Sermão da Montanha foi ao coração, ao sentimento. Não disse nada ao raciocínio, porque é pela inteligência que caímos. Ele não disse: Bem-aventurados os inteligentes. Chegou mesmo, certa vez, a dar graças ao Pai por ter ocultado os segredos do céu aos sábios e inteligentes. Quem cai pelo amor, o próprio motivo da queda faz que se reerga, mas quem cai pela inteligência não se sente caído."

Justiça e misericórdia
"Toda vez que a Justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança seja suspensa por tempo indeterminado."

Resposta divina
"O Velho Testamento, que é a palavra dos profetas, é o homem desesperado com os problemas da vida criados por ele mesmo, batendo à porta de Deus."
O Novo Testamento, contendo os ensinamentos de Jesus, é a resposta de Deus ao homem de todos os tempos. "

O Evangelho e o acaso
"Toda vez que as circunstâncias te induzam a ouvir as verdades do Evangelho, não penses que o acaso esteja presidindo a semelhantes eventos. Forças divinas estarão agindo a fim de que te informes quanto ao teu próprio caminho."

O Reino de Deus
"O Reino de Deus estará constituído quando pudermos entender Deus como Jesus O entende. É o mesmo que construir uma estação receptora dentro de nós a ponto de receber uma mensagem diretamente da Divindade."

Medida saneadora
"O sexo é um santuário, tanto é um santuário que Deus permitiu que ele governasse a encarnação. Proteger e preservar o sexo é obrigação e medida saneadora de distúrbios mentais."

Não vem de Deus
"Toda vez que descuidamos do patrimônio do corpo, abusando e afrontando os perigos da vida e chegamos à morte, esta morte não vem de Deus.
Tudo o que vem de Deus, vem devagar."

Perante o sofrimento
"O espírita chora escondido. Depois, lava o rosto e vai atender a multidão sorrindo."

Evangelizar, consolar e esclarecer
"O Centro Espírita foi feito para evangelizar, consolar e esclarecer."

Além do cansaço
"Outro dia me perguntaram por que eu continuo trabalhando, apesar da enfermidade, das limitações. Respondi:
— Estou doente, mas ainda não cheguei à inutilidade. Ou fazemos ou fica por fazer. Ninguém pode fazer o que temos que fazer. A gente tem que agüentar.
A desistência do dever gera um complexo de culpa muito grande."
_________
Obra consultada:Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira Publicação do Grupo Espírita da Paz de Mirassol - Mirassol Gráfica, Miragraf

segunda-feira, 29 de junho de 2009

RESPEITO AO PRÓXIMO



Deus não nos fez desligados da Humanidade. Somos elos da grande corrente universal e as energias divinas que vão alcançar os outros devem passar por nós, beneficiando-nos e ao nosso próximo. Carecemos dos outros, qual eles de nós na imensa vinha do nosso Pai Celestial. Portanto, o nosso segundo dever é amar o próximo, como nos aconselha o Mestre por intermédio do Seu Evangelho de Luz. E amar é acatar os direitos daqueles que andam conosco no mesmo caminho. Nada fazemos sem a participação dos nossos irmãos. Cada um nos ajuda em algo de que carecemos. Somos devedores da humanidade, como também emprestamos a ela o nosso concurso, e a fraternidade é o caminho mais desejado na área do Bem, ao tratarmos com os nossos companheiros.
As exigências devem ser feitas a nós para com nós mesmos; o apreço, esse deve ser dirigido aos nossos semelhantes.
A imposição é o modo de nos educarmos; a consideração, o ambiente que deve ser feito aos companheiros de labor.
O mando deve ser a disposição na disciplina dos nossos instintos. A cortesia haverá de ser o meio de comunicar mais agradável com os nossos irmãos.
A imposição é o caminho interno quando nos indica o bem, a fraternidade nos faz atrair companheiros para o mesmo convívio.
A crítica encontra campo frutífero quando exercida no nosso mundo interno.
E a ponderação cresce e faz crescer a nossa amizade em todos os rumos. O mal merecedor de comentário é aquele que fazemos; em referência aos outros, o resguardo nos traz confiança de que todos se esforçam para o melhor.
Se tens alguma educação, aplica-a diante dos outros, e se isso te falta, lembra-te de ti mesmo. O nosso mundo interno é uma lavoura grandiosa que poderá dar muitos frutos e flores compatíveis com o nosso comportamento. Trabalhemos nele.
Quando deixamos o nosso sítio íntimo para analisar e falar mal do que não nos pertence, cresce em nós a erva daninha capaz de sufocar o trigo do Bem, que já havíamos plantado. A energia que nos foi dada deve ser usada na auto-educação, estabelecendo assim, no nosso reino, a verdadeira harmonia espiritual, que se refletirá em todos os outros corpos. Mas, com respeito aos outros, a maior cota que poderemos fornecer para os seus corações é o exemplo dignificante, é a vivência no Amor nos caminhos da Caridade.
Se deres a devida importância ao teu próximo, nunca perderás. Receberás, pelos meios que por vezes ignoras, a atenção que te agradará e te fará feliz. respeita os direitos dos outros, que eles, certamente, e por lei, respeitarão os teus; e ainda, a harmonia do Universo compartilhará contigo no Bem que estimas fazer, por necessidade de amar, utilizando o comportamento elevado para ajudar a construir o reino de Deus nos corações, como também o Céu em qualquer lugar em que estiveres.
Confiemos nas forças superiores e também nas nossas, que elas crescerão de acordo com as nossas disposições de melhorar, sem nunca nos esquecermos da deferência para com aqueles que nos seguem, instruindo-nos e aqueles que nos instruem, seguindo-nos.
O respeito é luz, porque ajuda a transformar as trevas em claridades imortais
autor espiritual Lancellin

sexta-feira, 26 de junho de 2009

DISCUTINDO O PERDÃO


Ao se falar em perdão, inúmeras questões delicadas se fazem inevitáveis… Confundido com aceitar um ataque sem defesa, concordar com comportamentos abusivos, apassivar-se diante de situação crítica, esquecer completamente o mal que se haja sofrido, o perdão acaba por se transformar em algo que se dá ao outro, injustamente, ou em atitude reservada, exclusivamente, aos que alcançaram a santidade. Alguém me fere ou prejudica gravemente, e eu, para ser considerada uma pessoa de bem, devo aceitar e esquecer o que aconteceu, independente do quanto tenha sido afetada, de que tipo de consequências tenham sido produzidas. Em nome da “moral e dos bons costumes”, ou mesmo de um dever “cristão”, cotas expressivas de raiva, decepção e mágoa se convertem em doenças graves, num processo autodestrutivo de punição por haver “perdoado” o que nem mesmo foi passível de compreensão.
Como distinguir, então, esse tipo de postura do perdão? Em diálogo publicado neste site, espíritos incógnitos discorrem sobre o tema, desmistificando-o. Perdoar, segundo os orientadores desencarnados, não significa compactuar com o erro, nem gostar da pessoa responsável pelo mal; é um presente que se dá a si mesmo. Importantíssimo resolver esse tipo de pendência, não só em função das mazelas orgânicas que se podem sofrer, como afirmam os mentores desencarnados: “Existem dimensões muito mais profundas, emocionais, espirituais da ausência do perdão que podem gerar verdadeiros infernos na vida do indivíduo, como a incapacidade de se abrir, de confiar, de se vulnerabilizar nos relacionamentos interpessoais, de amar, de relaxar, de ser feliz.” Para tanto, imprescindível colocar limites claros para si, não se obrigando, por exemplo, a conviver com um desafeto. Outro aspecto fundamental é exercitar o desapego – indispensável para quem deseja se desligar de sentimentos menos felizes -, abrindo espaço para que o novo se faça presente na própria vida. O quanto estamos, realmente, disponíveis a abrir mão da mágoa, do ressentimento? Será que estamos dispostos a reconsiderar nossos pontos de vistas, nossa “razão”? Será que desejamos mesmo liberar o outro e o nosso coração para sermos felizes?
Ao fazer estas e outras tantas perguntas melindrosas, é provável deparar-se com uma grande surpresa… A dificuldade em aceitar a humanidade falível do outro tem a ver com esta mesma impossibilidade em relação a si mesmo. Importantíssimo olhar para si, cuidadosa e respeitosamente, encarar falhas e erros graves e disponibilizar-se à mudança, com paciência e bom senso. Não é preciso concordar com as posturas equivocadas do passado, muito menos gostar dos deslizes cometidos. É necessário amar. E o amor não pede perfeição, mas sim confiança no futuro e abertura ao melhor.

terça-feira, 23 de junho de 2009

ADULTÉRIO E PROSTITUIÇÃO

Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado, disse Jesus.
Esta sentença faz da indulgência um dever para nós outros porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência.
Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos.
Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.
Do item 13, do Cap. X, de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

É curioso notar que Jesus, em se tratando de faltas e quedas, nos domínios do espírito, haja escolhido aquela da mulher, em falhas do sexo, para pronunciar a sua inolvidável sentença: "aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra".
Dir-se-ia que no rol das defecções, deserções, fraquezas e delitos do mundo, os problemas afetivos se mostram de tal modo encravados no ser humano que pessoa alguma da Terra haja escapado, no cardume das existências consecutivas, aos chamados "erros do amor".
Penetre cada um de nós os recessos da própria alma, e, se consegue apresentar comportamento irrepreensível, no imediatismo da vida prática, ante os dias que correm, indague-se, com sinceridade, quanto às próprias tendências.
Quem não haja varado transes difíceis, nas áreas do coração, no período da reencarnação em que se encontre, investigue as próprias inclinações e anseios no campo íntimo, e, em sã consciência, verificará que não se acha ausente do emaranhado de conflitos, que remanescem do acervo de lutas sexuais da Humanidade.
Desses embates multimilenares, restam, ainda, por feridas sangrentas no organismo da coletividade, o adultério que, de futuro, será classificado na patologia das doenças da alma, extinguindo-se, por fim, com remédio adequado, e a prostituição que reúne em si homens e mulheres que se entregam às relações sexuais, mediante paga, estabelecendo mercados afetivos.
Qual ocorre aos flagelos da guerra, da pirataria, da violência homicida e da escravidão que acompanham a comunidade terrestre, há milênios, diluindo-se, muito pouco a pouco, o adultério e a prostituição ainda permanecem, na Terra, por instrumentos de prova e expiação, destinados naturalmente a desaparecer, na equação dos direitos do homem e da mulher, que se harmonizarão pelo mesmo peso, na balança do progresso e da vida.
Note-se que o lenocínio de hoje, conquanto situado fora da lei, é o herdeiro dos bordéis autorizados por regulamentação oficial, em muitas regiões, como sucedia notadamente na Grécia e na Roma antigas, em que os estabelecimentos dessa natureza eram constantemente nutridos por levas de jovens mulheres orientais, direta ou indiretamente adquiridas, à feição de alimárias, para misteres de aluguel.
Tantos foram os desvarios dos Espíritos em evolução no Planeta – Espíritos entre os quais muito raros de nós, os companheiros da Terra, não nos achamos incluídos - que decerto Jesus, personalizando na mulher sofredora a família humana, pronunciou a inesquecível sentença, convocando os homens, supostamente puros em matéria de sexualidade, a lançarem sobre a companheira infeliz a primeira pedra.
Evidentemente, o mundo avança para mais elevadas condições de existência.
Fenômenos de transição explodem aqui e ali, comunicando renovação.
E, com semelhantes ocorrências, surge para as nações o problema da educação espiritual, para que a educação do sexo não se faça irrisão com palavras brilhantes mascarando a licenciosidade.
Quando cada criatura for respeitada em seu foro íntimo, para que o amor se consagre por vínculo divino, muito mais de alma para alma que de corpo para corpo, com a dignidade do trabalho e do aperfeiçoamento pessoal luzindo na presença de cada uma, então os conceitos de adultério e prostituição se farão distanciados do cotidiano, de vez que a compreensão apaziguará o coração humano e a chamada desventura afetiva não terá razão de ser.

Emmanuel
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

segunda-feira, 22 de junho de 2009

ASSUNTO DE PAZ




De certo modo, ser-nos-á lícito considerar na Terra de hoje a era da velocidade.
Viagens de um continente a outro, que reclamavam diversos dias de trajeto são levadas a efeito em algumas horas.
Notícias que se transmitiam em grandes quotas de tempo avançam agora com a rapidez da luz.
Altos montes que exigiam semanas, a fim de serem removidos, pedem apenas alguns dias para cederem lugar à planície.
*
Milhões de companheiros reencarnados se habilitaram para viver na atualidade do Plano Físico. Adaptando-se facilmente às contingências da chamada evolução tecnológica, no entanto, milhões de outros, ainda não criaram em si mesmos a estrutura psicológica necessária de maneira a se ajustarem aos imperativos dos novos tempos. Por isso mesmo, se consegues acompanhar as exigências da hora que passa, estende compreensão e tolerância aos irmãos ainda inadaptados aos atuais processos de vivência humana.
*
Não exijas dos outros um tipo de resistência espiritual, análogo aquele em que já te caracterizas.
Desculpa incondicionalmente as explosões emocionais das pessoas de temperamento difícil.
Não censures aqueles que ainda não dispõem dos teus recursos de entendimento.
Não lances sarcasmos, ainda mesmo a título de brincadeira afetiva sobre os amigos em prova, cuja situação íntima desconheces.
Não solicites a quem ignora, a solução de problemas que já sabes resolver.
*
Asserena-te e espera.
Ama e ensina com paciência.
Realmente, a loucura e o suicídio continuam flagelando as comunidades terrestres; e não podemos esquecer que a precipitação, em muitos casos, é uma das forças negativas responsáveis por isso.

Do livro: Amigo - Psicografia: Francisco Candido Xavier. - Pelo espírito de: Emmanuel.

sábado, 20 de junho de 2009

MÁGOA


Joanna de Ângelis

Síndrome alarmante, de desequilibro, a presença da mágoa faculta a fixação de graves enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem a agasalha.
A mágoa pode ser comparada à ferrugem perniciosa que destrói o metal em que se origina.
Normalmente se instala nos redutos do amor-próprio ferido e paulatinamente se desdobra em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar o hospedeiro.
De fácil combate, no início, pode ser expulsa mediante a oração singela e nobre, possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os tecidos delicados do sentimento, desdobrar-se em modalidades várias, para sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade, engedrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado, instala-se, quase sempre, a aversão, que estimulam o ódio, etapa grave do processo destrutivo.
A mágoa, não obstante desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos morbíficos que atingem outras vítimas incautas, aquelas que se fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento.
Borra sórdia, entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo-lhe o ministério consolador.
Hábil, disfarça-se, utilizando-se de argumentos bem urdidos para negar-se ao perdão ou fugir ao dever do esquecimento. Muitas distonias orgânicas são o resultado do veneno da mágoa, que, gerando altas cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no mecanismo psíquico com lamentáveis consequências nos aparelhos circulatório, digestivo, nervoso...
O homem é, sem dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Sua idéias, suas aspirações constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se nutre.
Estiolando os ideais e espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar o ressentido, impossibilitando a cooperação dos socorros externos, procedentes de outras pessoas.
Caça implacavelmente esses agentes inferiores, que conspiram contra a tua paz. O teu ofensor merece tua compaixão, nunca o teu revide.
Aquele que te persegue sofre desequilibros que ignoras e não é justo que te afundes, com ele, no fosso da sua animosidade.
Seja qual for a dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.
Através do cultivo de pensamentos salutares, pairarás acima das viciações mentais que agasalham esses miasmas mortíferos que, infelizmente, se alastram pela Terra de hoje, pestilenciais, danosos, aniquiladores.
Incontáveis problemas que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa, que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento desnecessário.
Se já registras a modulação da fé raciocinada nos programas da renovação interior, apura aspirações e não te aflijas. Instado às paisagens inferiores, ascende na direção do bem. Malsinado pela incompreensão, desculpa. Ferido nos melhores brios, perdoa.
Se meditares na transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não terás outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo que a mágoa estabeleça nas fronteiras da tua vida as balizas da sua província infeliz.
"Quando estiveres orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe, para que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas". - Marcos: 11-25.
"Não sou feliz! A felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente o homem em todas as posições sociais. Isto, meus caros filhos, prova melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta máxima do Eclesiastes: "A felicidade não é deste mundo". - ESE Cap.V - Item 20.


Psicografia de Divaldo P. Franco - Florações Evangélicas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

PROSSEGUE AMANDO


Meimei

Se aceitares Jesus por mestre da vida, trazes contigo a chama capaz de acender a fé nos companheiros que vagueiam no mundo, à maneira de lágrimas apagadas.
Prossegue amando.
Caminha e encontrarão aqueles que anseiam possuir algo dos tesouros de paz e de esperança que já te felicitam os dias.
Basta sigas com bondade a fim de alcança-los.
Aqui, surpreenderás a prosperidade vestindo chagas de angústia; ali, abraçarás o renome acobertando espinheirais de aflição que aniquilam uma existência inteira; além, perceberás a opulência exterior escondendo um coração transformado em taça de lágrimas; e, mais adiante, recolherás o sorriso triste de almas afáveis e belas, algemadas em corrente de ouro e prata, sem possibilidade de se deslocarem contigo, em busca das verdades mais simples, à vista de permanecerem, por enquanto, carregando a carga de tradições e nomes ilustres.
Compadece-te e auxilia sempre.
Adiantando-te na viagem do cotidiano, encontrarás ainda os que não te podem seguir, detidos nas teias da enfermidade; os que jazem hipnotizados em processos obsessivos; os que se acham provisoriamente engavetados vivos em refúgios de reeducação ante os delitos que perpetraram levianamente; e os que se reconhecem psicologicamente presos em duras lides expiatórias.
A ninguém te imponhas com violência.
Companheiro algum espera venhas a quebrar a cadeia de trabalho e provocação de que se sente necessitado.
Todos te pedem apenas uma prece de amor ou uma palavra de bênção.
Muitas vezes bastará simplesmente um sorriso de generosidade e entendimento para que empreendam com Jesus a longa caminhada da própria libertação.
*
Nunca respondas à violência com a violência.

Fonte: Livro Palavras Do Coração – Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 14 de junho de 2009

ANTE A MORTE VIOLENTA

Em verdade, no mundo, o túmulo imposto à pressa é daquelas provas terrenas que mais dilaceram o coração.
Diante das vidas nobres que se interrompem, de improviso, dolorosas indagações são endereçadas ao Céu.
Não raro, à frente da morte súbita, outras existências promissoras começam a fenecer.
São almas que ficam na retaguarda, carregando consigo o esquife dos mortos ou algemados ao rochedo da angústia, sem coragem de romper os grilhões que os encarceram no sofrimento.
Muitas vezes, desvairadas, recusam a oração ou renegam a fé. Asseveram-se sozinhas no temporal das próprias lágrimas e, por vezes, descem, desavisadas, nos mais graves desequilíbrios do pensamento.
Entretanto, é preciso que o entendimento que nos caracteriza no mundo se submeta aos juízos soberanos e sábios da morte, para que a nossa temporária permanência no corpo físico não fuja à condição de aprendizado.
Imprescindível lembrar que na engrenagem da civilização de agora, comumente reparamos os próprios erros de ontem.
Entre as máquinas que lhe reduzem as lides e obrigações, muita vez encontra o homem o corretivo e o reajuste, a paz e a liberação da própria alma.
Auxilia aos entes queridos que partiram da Terra, em luta repentina, ofertando-lhes à estrada o bálsamo precioso da consolação e da prece.
Recorda que a Misericórdia Celeste adoça todos os processos da justiça universal e reconforta-te na certeza de que Deus faz sempre o melhor.
Contempla as vítimas dos hábitos infelizes, tantas vezes mergulhadas nas sombras da obsessão.
Observa os que choram nos sepulcros da consciência culpada e que se debatem no inferno do remorso e do arrependimento, sem comiseração para consigo mesmos!
Reflete nos quadros tristes a se erguerem das provas necessárias e conserva contigo a paciência e a esperança de quem recebe na dor inesperada, o socorro oculto da Providência Divina.
Se o gládio da morte violenta te busca o lar, faze silêncio e confia-te ao tempo, o médico invisível que nos restaura as energias do coração.
Não blasfemes, nem desesperes.
Aguarda o Amparo Celestial, mantendo a certeza de que tudo aquilo que hoje ignoras, amanhã saberás.
Emmanuel
Extraído do livro “Mais Perto”
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 9 de junho de 2009

ESPORTES RADICAIS x SUICÍDIO

Marcelo Villaverde
Uma das páginas que o Google mais indica visitantes para esta minha WebHome é a que contém um pequeno artigo sobre o Suicídio que eu escrevi há alguns anos para a saudosa lista de espiritismo da Summer.
Por causa disso, de vez em quando recebo e-mails de pessoas fazendo perguntas sobre o tema, algumas mensagens até complicadas de responder, uma vez que não conhecemos bem a quem estamos falando (escrevendo). Este fim de semana recebi mais uma destas e por ser uma pergunta mais genérica, posso publicar aqui a minha resposta, quem sabe alguém que passa por aqui também tenha a mesma dúvida. Lembrando que esta é a minha visão pessoal sobre o assunto baseada no que estudei e no que vivenciei, nada mais e nada menos.
Os praticantes de esportes radicais, por exemplo, o páraquedismo, estão praticando o suicídio?
O suicídio, como o entendemos, pressupõe que haja a intenção de morrer, ou seja, suicida seria então, de forma sucinta, aquele que desencarna por ato próprio consciênte ou de outrem a seu pedido. No caso dos esportes radicais, sabemos, há grandes riscos envolvidos, mas o praticante não intenciona morrer, ele busca a diversão e o prazer. Outra variável nesta questão seria quando há a morte devido à prática irresponsável, ou seja, sem as precauções ou o preparo necessários, neste caso só analisando a psique do próprio praticante poderíamos responder se esta irresponsabilidade foi pensada visando o auto-aniquilamento ou foi simplesmente fruto da sua imaturidade.
Portanto sempre temos que analisar as intenções e todo o contexto envolvido, e mesmo no caso de suicídios reais, há diversos fatores atenuantes envolvidos, no que tange ao sofrimento pós-morte, pois este ato extremo sempre é o trágico final de um processo difícil de vida onde muitas vezes o suicída silenciosamente vinha sendo arrastado a este ato por outras pessoas (encarnadas ou não).
OPINIÃO LUZ ESPÍRITA:
A nossa maneira de interpretar: A prática de esportes radicais é de grande risco e o praticante estando em plena consciência, assume a responsabilidade perante o ato, uma vez que, este sabe das conseqüencias em caso de erros e falhas de equipamento ou qualquer outro tipo de acidente. Desta forma, saltando de grandes alturas, pilotando máquinas velozes, escalando altitudes, etc, o praticante sabe que pode estar indo de encontro à morte, ou seja, o suicídio não intencional.

domingo, 7 de junho de 2009

A LENDA DAS TRÊS ÁRVORES

Espírito Irmão X

Numa reunião de Espíritos, pediram ao velho Simão Abileno que falasse sobre a resposta de Deus às nossas preces.
Ele então, que era mestre na arte de contar histórias, repetiu uma antiga lenda, que faz parte dos contos populares de muitos países, e que diz assim...
Num grande bosque da Ásia Menor, três árvores ainda jovens pediram a Deus que lhes desse destinos importantes e diferentes.
A primeira queria que sua madeira fosse empregada o trono do mais alto soberano da terra.
Depois de ouvi-la, a segunda pediu para ser usada na construção do carro que transportaria os tesouros desse poderoso rei.
E a terceira desejou ser transformada numa torre, nos domínios do mesmo rei, para mostrar o caminho do Céu.
Quando terminaram de dizer suas preces, Deus enviou à mata um mensageiro seu, para que elas soubessem que seus pedidos seriam atendidos.
Passado muito tempo, quando elas já estavam crescidas, vieram alguns lenhadores e derrubaram as três árvores, deixando muito tristes as árvores vizinhas.
Elas foram arrastadas para fora do bosque.
Perderam seus galhos, folhas e raízes, mas não perderam a fé nas promessas do Criador.
E se deixaram conduzir, com paciência e humildade...
Mas elas jamais podiam imaginar o que veio a acontecer, depois de muitas viagens!
A primeira árvore caiu nas mãos de um criador de animais, que mandou transformá-la num grande cocho, para seus carneiros.
A segunda foi comprada por um construtor de barcos.
A terceira foi recolhida à cela de uma prisão, para ser aproveitada futuramente.
As três árvores, mesmo separadas e em grande sofrimento, continuaram acreditando nas palavras do mensageiro celeste.
No bosque, porém, as outras plantas haviam perdido a fé no valor das preces.
E elas ficaram surpresas em saber que, muitos anos mais tarde, as três árvores foram atendidas em seus desejos...
A primeira foi forrada com panos singelos e serviu de berço para Jesus recém-nascido.
A segunda, na forma de uma barca de pescadores, foi usada por Jesus para transmitir, sobre as águas, belos ensinamentos.
A terceira árvore, transformada apressadamente numa cruz, seguiu junto com o Mestre para o Gólgota.
Ali, erguida no alto do monte, ela guardou valentemente o corpo de Jesus e recebeu seu coração cheio de amor pela humanidade E assim, indicava o verdadeiro caminho do Reino de Deus.
Terminada a narrativa, Simão silenciou, comovido.
E depois de uma pausa,com lágrimas nos olhos, ele concluiu:
- Em verdade, meus amigos, todos nós podemos dirigir a Deus as preces mais diversas.
No entanto, todos precisamos saber esperar e compreender as respostas de Deus.
Psicografia Chico Xavier

sábado, 6 de junho de 2009

ELE ATENDERÁ


Quando atravesses um instante considerado terrível, na jornada redentora da Terra, recorda que o desespero é capaz de suprimir-te a visão ou barrar-te o caminho.
Para muitos, esse minuto estranho aparece na figura da enfermidade; para outros, na forma da cinza com que a morte lhes subtrai temporariamente o sorriso de um ente amado.
Em muitos lugares, guarda a feição de crise espiritual, aniquilando a esperança; e, em outros ainda, ei-lo que surge por avalanche de provas encadeadas, baldando a energia.
*
Ninguém escapa aos topes de luta, que diferem para cada um de nós, segundo os objetivos que procuramos nas conquistas do Espírito.
Esse jaz atormentado de tentações, aquele padece abandono, aquele outro chora oportunidades perdidas e mais outro lamenta os desenganos da própria queda.
*
Se chegaste a instante assim, obscurecido por nuvens de lágrimas, arrima-te à paciência, ouve a fé, aconselha-te com a reflexão e medita com a serenidade, mas não procures a opinião de esmorecimento.
*
Desanimo é fruto envenenado da ilusão que alimentamos a nosso respeito. Ele nos faz sentir pretensamente superiores a milhares de irmãos que, retendo qualidades não menos dignas que as nossas, carregam por amor fardos de sacrifício, dos quais diminutas parcelas nos esmagariam os ombros.
*
Venha o desanimo como vier, certifica-te de que a forma ideal para arredar-lhe a sombra será compreender, auxiliar e servir sempre.
*
Guardes o coração conturbado ou ferido, magoado ou desfalecente, serve em favor dos que te amparem ou desajudem, entendam ou caluniem.
Ainda que todos os apoios humanos te falhem de improviso, nada precisas temer.
Tens contigo, à frente e à retaguarda, à esquerda e à direita, a força do companheiro invisível que te resolve os problemas sem perguntar e que te provê com todos os recursos indispensáveis à paz e à sustentação de teus dias. Ele que ama, trabalha e serve sem descanso, espera que ames, trabalhes e sirvas quanto possas.
Sem que o saibas, ele te acompanha os pequeninos progressos e se regozija com os teus mais íntimos triunfos, assegurando-te tranqüilidade e vitória. Ele que te salvou ontem, salvará também hoje.
Em qualquer tempo, lugar, dia ou circunstancia, em que te sintas à beira da queda na tentação ou na angustia, chama por Ele.
Ele te atenderá pelo nome de Deus.


Livro : “Rumo Certo” – Chico Xavier – Emmanuel

sexta-feira, 5 de junho de 2009

DESAPEGO


A cobrança é um problema realmente aflitivo,à maneira de nuvem, eclipsando a beleza e o brilho do serviço cristão.
É imperioso anotar, porém, que não somente o dinheiro vem a ser o objeto disputado nos processos de retribuição na lavoura do espírito.
Há quem exija dos outros variadas formas de pagamento, reclamando pesados impostos de reconhecimento, de apreço afetivo, de considerações sociais...
Apregoa-se, então, a caridade, como quem abraça um negócio qualquer, em que a velha filosofia do “dou para que me dês” constitui a mola viva de toda e qualquer manifestação.
Contudo, ao sol do Evangelho, se efetivamente nos propomos alcançar a comunhão com Jesus,o desinteresse pessoal deve representar o selo de nossa boa vontade e a garantia de nossa fé.
Não importa que os outros te menoscabem as ações, com evidente desrespeito ao teu modo de atuar ou de ser.
Vale o amor com que te empenhas ao dever retamente cumprido, de vez que todas as possibilidades da vida pertencem originariamente a Deus.
A criatura que ao bem se consagra, sem a preocupação de avocar para si a autoria dos pensamentos enobrecidos e das obras edificantes, recebe do Alto infinita capacidade de estender esse mesmo bem.
Recorda que o charco de hoje, se ajudado, pode ser amanhã o campo bendito para a colheita farta e não te esqueças de que o fruto, agora verde, se respeitado, pode ser depois, o reconforto de tua mesa.
Jesus não estabeleceu qualquer mercado para a distribuição dos dons divinos.
Afeiçoemo-nos, pois, a Ele que tudo deu de si sem pensar em si, confiando-se à suprema renúncia, a benefício de todos, e, longe das prisões forjadas pelos tributos terrestres, nossas almas ascenderão, em vôos sempre mais altos e sempre mais livres, no rumo certo da gloriosa imortalidade.

Livro – INTERVALOS – Francisco Cândido Xavier – Emmanuel

quarta-feira, 3 de junho de 2009

ANTE OS QUE PARTIRAM

Emmanuel

Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparado ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.
Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.
Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalacente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima.
Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rojaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo, a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia, no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.
Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem àinconformação ou se voltam para o suicídio.
Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito.
Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.
Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.
Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.
E, vencendo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticosda manhã, no fulgor de um jardim.
Do livro "Religião dos Espíritos", por Francisco Cândido Xavier, edição FEB.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

A BELEZA DA FÉ



Miriam (Espírito Comunicante)

Contempla o sol que te aquece e ilumina em relances, porque seu brilho te ofusca.
Contempla a beleza do dia e a calma da noite.
Sente a suavidade do bem e esquece a agonia do mal.
Sente a grandeza de Deus nas maravilhas que te cercam.
Procura olhar uma coisa de cada vez e a viver um minuto, um dia, uma semana no seu tempo certo, não antecipando lágrimas nem criando problemas.
Abraça a doçura de melhores tempos e procura a bondade em cada ser.
Não duvides da justiça de Deus, pois desconheces muitos porquês.
Aquece e acalenta no coração alegria e paz e vê que nada acontece sem razão de ser.
Confia e ora! Ajuda e ajuda, pois assim preparas melhores estadas.