Que Deus, na sua infinita misericórdia acalente o teu coração generoso no seu amor infinito.
Sei, filho, da profunda tristeza e do amargo abatimento moral que te vem pungindo, nas estradas ásperas da existência material.
Mas, eis aqui, meu irmão, a tua filhinha. Não a vêem os teus olhos? Ah! Não; porém, os olhos da alma, a visão psychica percebem-lhe a presença. Tua filhinha é feliz profundamente venturosa e eu trouxe aqui comigo, como irmãzinha bem amada.
Não te lembras da sua privilegiada inteligência, dos seus sentimentos elevados que em tão tenros anos manifestavam a sua evolução espiritual?
A tua filhinha, meu amigo, era-o de Deus primeiramente. Os pais da terra são zeladores, sem serem criadores. Deus te confiou uma perola que ao fim de certo tempo teria de ser devolvida ao seu cofre.
Mas, Deus é bondade e é misericórdia. Vence os teus instantes de emotividade amargosa e persegue na luta, trabalhando e confiando. A nossa irmãzinha te abraça e pede a tua benção, enviando também um beijo para a sua mãezinha Magdalena.
Antes, porém, de regressarmos, quero ajudá-la a escrever-te umas linhas.
Ora, meu irmão, estuda e, sobretudo; confia.
Guarda a tua esperança em Deus, que é Pai amoroso de todos nós.
Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
Fonte: Reformador – agosto, 1936
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