segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

REENCARNAÇÃO

"Não te maravilhes de ter dito: Necessário te é nascer de novo". - (João, 3:7)
Aquele que deseja iniciar-se no conhecimento dos postulados da Doutrina Espírita, algumas vezes, em face das divergências doutrinárias existentes entre o Espiritismo e as demais religiões cristãs, no tocante aos problemas das Reencarnações, não sabe discernir quais as vantagens que o princípio das vidas múltiplas levam sobre a teoria da vida única do Espírito na carne.A Lei da Reencarnação traz em seu bojo o próprio conceito da justiça e do amor incomensurável de Deus para com as suas criaturas. Sendo Criador do Universo e da Vida, Deus é também a personificação da misericórdia e a síntese de todas as virtudes.
Conseqüentemente, jamais poderia estabelecer uma lei imperfeita que atribuísse a todas as suas criaturas uma só vida física, na qual a inevitável influência do meio fizesse com que todos cometessem pecados, pelo menos no estágio evolutivo em que está situado o nosso Planeta.
Isso equivaleria a negar às frágeis criaturas, que Ele criou e sitou no mundo, novas oportunidades de desenvolver esforços com vistas à própria reabilitação, ao próprio resgate e consequente redenção espiritual.A superioridade do princípio da Reencarnação reside no fato insofismável e racional de permitir o soerguimento do Espírito transviado, pecaminoso, através de novas oportunidades em renovadas vidas físicas, objetivando a sua reintegração no conceito geral das entidades espirituais que cumprem a soberana vontade de Deus, enquadrando-se dentro das leis eternas, imutáveis, que levam a criatura do estado de simplicidade, de ignorância, aos mais elevados estágios da sublimação espiritual.
É racional a dedução que nos proporcionam os ensinamentos espíritas de que ninguém recebe recompensas indevidas ou promoções espirituais pela graça.
Somente através do esforço, no desenrolar das múltiplas existências depuradoras, os Espíritos são recolocados, muitas vezes, no próprio ambiente que lhes serviu de palco para a prática de deslizes, podendo, assim, ajustar-se, novamente, aos quadros da leis eternas que os regem.
Enquanto a vida única desagrada aos Espíritos, desterrando-os para a condenação eterna, irremissível.
A Lei da Reencarnação lhes outorga novas oportunidades de viverem outras vidas, no decurso das quais se processará o reajuste inevitável, completando, assim, o processo de quitação de dívidas para com a Justiça Divina.
Paulo A. Godoy

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