Allan Kardec foi, dentre todos, o Missionário por excelência, e não apenas um missionário a mais.
Entendemos que, embora oportunas, necessárias e relevantes, outras missões, anteriores e posteriores à sua, estariam em parte prejudicadas, se a que lhe coube não tivesse sido magistralmente desempenhada, com superlativa cota de benefícios para toda a Humanidade.
Graças aos seus sacrifícios é que os sacrifícios de muitos, antes e depois dele, poderão florescer ainda no mundo. Graças aos seus testemunhos de abnegação e renúncia, as lágrimas e suores de outros construtores do progresso humano continuarão fecundando a “terra virgem” dos corações, encontrando condições para uma frutificação fecunda.
Realmente, já procuramos imaginar que seria das grandes descobertas e invenções, sem o amparo da razão iluminada e do justo entendimento de sua benéfica utilização?
Como estaria a Humanidade, se os poderes ocultos da Natureza, revelados aos filhos dos homens, fossem distorcidos em sua justa destinação, pondo por terra a larga escala de benefícios que podem prodigalizar?
De que nos serviriam o magnetismo, a eletricidade, a aparelhagem de precisão, os equipamentos industriais, os engenhosos meios de comunicação, a criatividade tecnológica, todas as arrojadas concepções de intelectualidade, nos consideráveis setores das atividades humanas, transformadas em maravilhosas aplicações práticas, se o seu uso degenerasse em abuso, com prejuízos individuais e coletivos?
A Doutrina Espírita é de tal significação e relevância, que o próprio Jesus lhe predissera o advento, como algo de excepcional, fadado a revolucionar os destinos da Humanidade, trazendo-lhe de volta seus ensinos sob nova ótica de reconhecimento.
Detenhamo-nos agora nos dias que correm, nos acontecimentos que ocorrem no cotidiano - nas lutas, nas dores, nas perplexidades, nos desapontamentos, nas frustrações, nas vicissitudes, nas amarguras e angústias dos corações humanos; pensemos na situação de cada um de nós, dos entes que nos são caros, nas crises de povos e nações, de pátrias e nacionalidades; pensemos em tudo e em todos, e concluamos pela tranqüilizadora constatação de que o Espiritismo constitui, deveras, o penhor de nossa eterna gratidão pela felicidade que nos prodigaliza.
Depois do Natal de Jesus, nada melhor nos poderia ter acontecido do que o nascimento de Allan Kardec, fidedigno continuador do Cristianismo, nos mais amplos desdobramentos de interpretação dos seus ensinos.
Primeiro, o Cristo de Deus, Messias e Salvador, Mestre e Médico de nossas almas.
Segundo, Allan Kardec, Educador e Benfeitor da Humanidade, genuíno depositário dos ensinos de Jesus e Missionário por excelência.
Revista Reformador - Março - 1998
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