No outro dia, alguém me fez esta pergunta. Como o nosso jornal tem ampla penetração, até mesmo no meio não-espírita, vale a pena dar, também através dele, a resposta.
É verdade que, desde criança, o pai e a mãe nos puseram, sob os olhos, os livros do Consolador, levando-me, com a mana, a todas as reuniões a que comparecessem, nos Centros Espíritas de Nova Iguaçu (Estado do Rio). Todavia, rapazola, passeia a estudar a Terceira Revelação, estudo este que, até hoje, adulto, prossigo fazendo, pois, em matéria de Espiritismo, também, é válida a frase que diz ser a vida breve e a arte longa. Muito tenho a aprender, na Doutrina dos Espíritos.
Foi este estudo que me vem rasgando, desde então, os mais amplos horizontes, para dilatação da minha acanhada visão espiritual.
Antes de tudo, a Doutrina me mostrou a existência soberana de um Deus que é, realmente, Pai amoroso e bom, Infinito em todas as suas perfeições, Criador de tudo... E não um padrasto, com as mesmas virtudes e paixões humanas, criando um céu eterno, para uns e um inferno, também eterno, para outros!...
Depois, esclareceu-me quanto ao ser, cada um de nós, não este corpo de carne e osso (no meu caso, menos de carne que de osso). Mas um Espírito imortal que evolui para a perfeição, através das múltiplas encarnações, na Terra, ou nos diferentes mundos habitados do Universo sem lindes!...
Ensinou-me, ainda, a existência de leis físicas, para o plano material, tanto como leis morais, regendo os destinos dos Espíritos. Fez-me ver que, assim sendo, tudo tem a sua razão de ser. Que cada um de nós é responsável pelos seus atos. Que cada criatura recebe aquilo que dá. Colhe o que semeia. Será feliz, se for boa. Infeliz, se for má. Mas, que um dia, aquele que é mau, porque é ignorante, se esclarece e, passando a ser menos mau - passa a ser menos infeliz!...
E mais, o Espiritismo me elucidou a questão da mediunidade. Passando a conhecer, mais de perto, os trabalhos mediúnicos, sob orientação kardequiana e, portanto, trabalhos mediúnicos voltados para a Caridade - entrevi a possibilidade de os encarnados entrarem e contato com os desencarnados, a fim de que ambos lucrassem com a troca de experiência.
Tirante isto, a mediunidade que me forneceu elementos para compreender melhor certas situações de criaturas sob influência perniciosa de obsessores, tanto como me tranqüilizou, mostrando como o plano espiritual nos pode proteger, se, para tanto, fizermos jus.
Por fim, o Espiritismo apontou-me Jesus.!
Sim, eu poderia vir a conhecê-lo, através de outras religiões. E tê-lo-ia como meu Salvador. Poderia conhecê-lo, até mesmo através de correntes filosóficas, referências literárias, temas artísticos ou dos testemunhos da História. E vê-lo-ia, como um visionário! Ou um mártir, nas mãos de homens impiedosos! Ou, então, um revolucionário sacrificado pelos que se viram ameaçados por suas idéias!
Mas, com o Espiritismo, eu o vejo, como sendo o maior Espírito, jamais, baixado à Terra, com a sublime missão de arrancar o homem do escuro pântano das paixões, onde se atola, para os resplendores do céu interior. E, isto, mediante o estudo da Verdade e a prática do Amor. Daí, os seus ensinos e os seus exemplos.
Bastava-me, apenas, isto, se, apenas, isto me oferecesse a Doutrina querida, codificada por Kardec!
“Unificação” - jun/jul-70 - São Paulo-SP
Tribuna Espírita - Maio/Junho de 2000
É verdade que, desde criança, o pai e a mãe nos puseram, sob os olhos, os livros do Consolador, levando-me, com a mana, a todas as reuniões a que comparecessem, nos Centros Espíritas de Nova Iguaçu (Estado do Rio). Todavia, rapazola, passeia a estudar a Terceira Revelação, estudo este que, até hoje, adulto, prossigo fazendo, pois, em matéria de Espiritismo, também, é válida a frase que diz ser a vida breve e a arte longa. Muito tenho a aprender, na Doutrina dos Espíritos.
Foi este estudo que me vem rasgando, desde então, os mais amplos horizontes, para dilatação da minha acanhada visão espiritual.
Antes de tudo, a Doutrina me mostrou a existência soberana de um Deus que é, realmente, Pai amoroso e bom, Infinito em todas as suas perfeições, Criador de tudo... E não um padrasto, com as mesmas virtudes e paixões humanas, criando um céu eterno, para uns e um inferno, também eterno, para outros!...
Depois, esclareceu-me quanto ao ser, cada um de nós, não este corpo de carne e osso (no meu caso, menos de carne que de osso). Mas um Espírito imortal que evolui para a perfeição, através das múltiplas encarnações, na Terra, ou nos diferentes mundos habitados do Universo sem lindes!...
Ensinou-me, ainda, a existência de leis físicas, para o plano material, tanto como leis morais, regendo os destinos dos Espíritos. Fez-me ver que, assim sendo, tudo tem a sua razão de ser. Que cada um de nós é responsável pelos seus atos. Que cada criatura recebe aquilo que dá. Colhe o que semeia. Será feliz, se for boa. Infeliz, se for má. Mas, que um dia, aquele que é mau, porque é ignorante, se esclarece e, passando a ser menos mau - passa a ser menos infeliz!...
E mais, o Espiritismo me elucidou a questão da mediunidade. Passando a conhecer, mais de perto, os trabalhos mediúnicos, sob orientação kardequiana e, portanto, trabalhos mediúnicos voltados para a Caridade - entrevi a possibilidade de os encarnados entrarem e contato com os desencarnados, a fim de que ambos lucrassem com a troca de experiência.
Tirante isto, a mediunidade que me forneceu elementos para compreender melhor certas situações de criaturas sob influência perniciosa de obsessores, tanto como me tranqüilizou, mostrando como o plano espiritual nos pode proteger, se, para tanto, fizermos jus.
Por fim, o Espiritismo apontou-me Jesus.!
Sim, eu poderia vir a conhecê-lo, através de outras religiões. E tê-lo-ia como meu Salvador. Poderia conhecê-lo, até mesmo através de correntes filosóficas, referências literárias, temas artísticos ou dos testemunhos da História. E vê-lo-ia, como um visionário! Ou um mártir, nas mãos de homens impiedosos! Ou, então, um revolucionário sacrificado pelos que se viram ameaçados por suas idéias!
Mas, com o Espiritismo, eu o vejo, como sendo o maior Espírito, jamais, baixado à Terra, com a sublime missão de arrancar o homem do escuro pântano das paixões, onde se atola, para os resplendores do céu interior. E, isto, mediante o estudo da Verdade e a prática do Amor. Daí, os seus ensinos e os seus exemplos.
Bastava-me, apenas, isto, se, apenas, isto me oferecesse a Doutrina querida, codificada por Kardec!
“Unificação” - jun/jul-70 - São Paulo-SP
Tribuna Espírita - Maio/Junho de 2000
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