Na questão de número 459 de O Livro dos Espíritos, os mentores que assistiam Allan Kardec nos fornecem a notícia de que os espíritos influem tanto em nossos atos e em nossos pensamentos que frequentemente são eles que nos dirigem. Portanto, todos nós na fase evolutiva em que nos situamos, estamos sujeitos a essa influenciação espiritual, muito mais do que podemos imaginar. O apóstolo Paulo dizia que: “temos a nos rodear uma grande nuvem de testemunhas” (Hb 12:1) Desde as culturas mais remotas, encontramos referências à influência exercida por seres invisíveis que ora nos ajudam, ora nos prejudicam.
Sabemos que esses invisíveis são espíritos que agem em conformidade com suas tendências e desejos.
Somos como ondas de rádio e sempre nos sintonizamos na freqüência que escolhemos. A lei da afinidade preponderá esta relação.
Normalmente esses seres participam de nossas experiências, tomam partido em nossas querelas, influem em nossas decisões, e os fazem pelos condutos de nossos pensamentos, convivendo conosco sem que o saibamos, já que muitas idéias, desejos e iniciativas são filhas de suas sugestões.
Temos, portanto, de vigiar incessantemente nossos atos e pensamentos, procurando sempre pautar nossas vidas em favor do bem e do amor aos nossos semelhantes.
Ao agirmos como cristãos estaremos nos precavendo dos dissabores das más companhias, resguardando assim nossa casa mental contra malfeitores e desocupados do além.
É comum, em nossas Casas Espíritas, inúmeras pessoas serem informadas de que seus problemas, dores e aflições estejam relacionados à presença desses inimigos invisíveis que sempre os assediam, buscando desforras na maioria das vezes, por situações pretéritas.
A morte física desses inimigos não nos alivia de suas vinganças e perseguições além túmulo. O provérbio; “morto o animal, morto o veneno” não é verdadeiro, nesses casos.
A chamada obsessão que nada mais é que o domínio exercido por estes espíritos sobre os homens se dá devido ao nosso descuido. Quando nos deixamos levar por suas más sugestões, abrindo nossa guarda por pensamentos e atitudes menos dignas, esses inimigos ocultos invadem nossa casa mental e nos atormenta incessantemente.
Quando estamos vazios de ideias superiores com autoestima baixa e vazia de motivação existencial, esses inimigos aparecem sorrateiramente nos trazendo muita dor e sofrimento.
Certa feita, Chico Xavier preocupado com a nefasta influência destes verdadeiros “hóspedes” de nossa casa mental, perguntou ao espírito Emmanuel qual seria os melhores antídotos para nos precaver desse verdadeiro flagelo, e a resposta de Emmanuel foi conclusiva: “Trabalho, prece e renovação”. O trabalho é realmente de suma importância, pois com ele ocupamos nossa mente. A prece nos eleva e nos protege, e a renovação advém da mudança de rumos e atitudes que nos impulsionam rumo à nossa evolução.
Pratiquemos o bem! Façamos aos nossos semelhantes o que gostaríamos que ele nos fizessem e confiemos em Deus, colocando nossas vidas em suas mãos, conscientes de que Ele sempre nos confia o melhor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário