terça-feira, 1 de novembro de 2011

VISÃO ESPÍRITA DA MORTE

Neste mês, em que os homens instituíram uma data para reverenciar os mortos, vale a pena rememorar o que ensina a Doutrina Espírita a respeito do que representa a morte.
O fenômeno da morte é visto sob múltiplas formas, dependendo da crença, da descrença ou da certeza que cada criatura humana constrói para si mesma.
Vale dizer que o materialista, o espiritualista e o espiritista têm concepções muito diferentes sobre a vida e sobre a morte.
Para o materialista puro, para quem a vida está inteiramente voltada aos bens e gozos materiais, o corpo físico, enquanto vivo, representa tudo. Morto o corpo, tudo se dissolve no nada.
Os espiritualistas em geral admitem a existência de algo além da expressão física – a alma – que sobrevive após a morte.
A destinação da alma, para as correntes espiritualistas, varia muito, de conformidade com suas doutrinas.
A Doutrina dos Espíritos, essa bênção da Espiritualidade Superior em favor de toda a Humanidade, o Consolador prometido e enviado pelo Cristo de Deus, veio aclarar a tormentosa questão da vida, da morte, da existência e da sobrevivência do Espírito.
Para a Doutrina Espírita, o que se denomina morte – o problema maior que tem ocupado o pensamento humano em todos os tempos – faz parte das leis naturais ou divinas, assim como o nascimento.
Nascimento, morte, renascimento são transformações naturais da própria Vida do Espírito imortal, sujeito à evolução natural.
Morte é transformação, não fim.
Por isso, para desmitificar a palavra morte, com sua conotação de fim, desaparecimento total, termo, destruição, conotações milenárias que causam tantos sofrimentos, o Espiritismo prefere substituí-la por desencarnação, que é justamente a separação do Espírito de seu suporte físico de carne.
Mas como a vida do Ser continua morrer é renascer, é a volta do Espírito à sua pátria verdadeira.
Morrer, pois, é prosseguir vivendo em outra dimensão vibratória, com os sentimentos adquiridos, com a visão espiritual ampliada, com os amores, as alegrias e saudades do ser, mas também com as imperfeições que não conseguiu superar.
Morte não é o sono eterno, mas, sim, a libertação do Espírito, enquanto não retoma à carne, em nova e laboriosa existência.
Para a Nova Luz, a morte, longe de ser a porta para o nada, é a continuação da vida eterna. Em lugar dos fantasmas teológicos, dos dogmas e dos suplícios infernais, ela acena com a esperança, que todos poderão cultivar sem medos. .

Editorial O Reformador Nov. 1999

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