quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A ESTRELA DE BELÉM



Segundo a tradição evangélica, uma estrela guiou a Belém os três sábios orientais, conhecidos como os reis magos Baltasar, Melchior e Gaspar.
A intenção era homenagear Jesus, o enviado divino.
Aparentemente, apenas o trio de peregrinos via o astro brilhante.
Ninguém mais foi conduzido à cidade de Davi.
Isso significa que somente eles possuíam aqueles “olhos de ver”, de que Jesus falaria várias vezes, reportando-se às pessoas dotadas de entendimento mais dilatado e de percepção para os valores espirituais.
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A estrela de Belém fulge sempre no mês de dezembro, mostrando o caminho para que os discípulos do Evangelho rendam, também, homenagens a Jesus.
Os que têm “olhos de ver”, a partir de um entendimento mais amplo da mensagem cristã, percebem que ela não aponta em direção às Igrejas, aos Centros Espíritas, aos Templos Evangélicos.
Embora respeitáveis em suas finalidades, estimulando-nos à comunhão com Deus e ao cultivo das virtudes cristãs, não é neles que o Mestre nos espera.
Se prestarmos atenção, se observarmos com cuidado, perceberemos que a Estrela de Belém aponta para a periferia, para casebres tão humildes e pobres quanto a estrebaria que abrigou a família sublime.
Dizem os sociólogos que lá estão os excluídos, eufemismo com que definem os miseráveis que vivem abaixo da linha da pobreza.
Mais correto lembrar que lá estão, simplesmente, nossos irmãos!
É junto deles que Jesus nos procura, nos fala, nos chama, nos espera para as providências necessárias, a fim de que possam desfrutar de um Natal feliz, marcado pela abençoada esperança que viceja na alma dos sofredores, quando sentem que não estão abandonados à própria sorte.
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Amigo leitor.
Comemore o Natal.
Abrace familiares e amigos, nos júbilos da abençoada Noite Feliz.
Mas, se deseja a presença do Mestre Divino, lembre-se: é preciso ir ao seu encontro, a fim de convidá-lo.
Contemple o Céu com “olhos de ver” e perceba a Estrela de Belém apontando os campos abençoados da solidariedade.
Ali encontraremos Jesus.

Richard Simonetti
Reformador Dezembro/04 

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