terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

MÉDIUM CONDENADO


Ao final de uma reunião de treino de psicografia, uma companheira nossa narrou-nos parte do ensinamento que lhe passara um mentor. Segundo o amigo espiritual, muitos médiuns sentem-se como verdadeiros condenados, prisioneiros submetidos a trabalhos forçados, com aquelas pesadas bolas de ferro presas aos pés. ao passo que os espíritos-guias são os guardas da vigilância. atentos para que não haja fuga ou corpo-mole.
Sorrimos à comparação, mas ela expressa bem uma verdade.
Se algumas pessoas, insufladas pela vaidade, aspiram a ser médiuns famosos, capazes de realizar prodígios e atrair multidões, outras há que sentem a mediunidade pesar nos ombros e dela procuram se livrar, como o animal rejeita a canga.
Mediunidade é instrumento de nossa evolução: oportunidade de reparação de um passado de erros: remédio para as nossas almas doentes. Compromisso que assumimos conscientemente antes do mergulho na carne, por sugestão da Espiritualidade Superior ou por iniciativa nossa.
Recusa-la quando já estamos aqui, é fuga das nossas responsabilidades, em detrimento de nós mesmos. É promissória assinada cujo pagamento protelamos, vencendo juros e correção monetária.
Indiscutível que o exercício da mediunidade requer de nós uma grande parcela de esforço e trabalho. Mas isso também ocorre em qualquer nobre atividade deste nosso mundo. Estudo, disciplina, paciência, compreensão. dedicação e amor são requisitos indispensáveis a quem deseje servir na Seara do Bem.
Cumprindo a tarefa que nos compete dentro do campo da mediunidade, nós mesmos seremos os maiores beneficiados. Estaremos eliminando vícios e maus hábitos e adquirindo virtudes que nos tornarão fortes, capazes de suportar as dificuldades com galhardia.
Devemos considerar. ainda. que a Espiritualidade Maior conta com o nosso trabalho no socorro ao próximo. estendendo consolação c luz a quantos estão em sofrimento. E não poucas vezes o irmão atendido por nosso intermédio é alguém com o qual estamos em débito, e a oportunidade aproveitada favorece o perdão de nossas faltas por quem havíamos ofendido.
Mediunidade, pois, não é condenação, mas benção divina. Nossos guias são amigos bondosos e pacientes, com os quais combinamos servir aqui deste lado: auxiliam-nos muito mais do que imaginamos, para que não abandonemos a luta pelo caminho.
Assim, afastemos de nós quaisquer pensamentos contrários ao exercício da mediunidade. Abracemos o trabalho com alegria e confiança, na certeza de que somente após tê-lo bem e fielmente cumprido alcançaremos a paz em nossas consciências.
Ação Espírita - Julho/Agosto/Setembro - 1995
Médium Condenado
Donizete Pinheiro
Ao final de uma reunião de treino de psicografia, uma companheira nossa narrou-nos parte do ensinamento que lhe passara um mentor. Segundo o amigo espiritual, muitos médiuns sentem-se como verdadeiros condenados, prisioneiros submetidos a trabalhos forçados, com aquelas pesadas bolas de ferro presas aos pés. ao passo que os espíritos-guias são os guardas da vigilância. atentos para que não haja fuga ou corpo-mole.
Sorrimos à comparação, mas ela expressa bem uma verdade.
Se algumas pessoas, insufladas pela vaidade, aspiram a ser médiuns famosos, capazes de realizar prodígios e atrair multidões, outras há que sentem a mediunidade pesar nos ombros e dela procuram se livrar, como o animal rejeita a canga.
Mediunidade é instrumento de nossa evolução: oportunidade de reparação de um passado de erros: remédio para as nossas almas doentes. Compromisso que assumimos conscientemente antes do mergulho na carne, por sugestão da Espiritualidade Superior ou por iniciativa nossa.
Recusa-la quando já estamos aqui, é fuga das nossas responsabilidades, em detrimento de nós mesmos. É promissória assinada cujo pagamento protelamos, vencendo juros e correção monetária.
Indiscutível que o exercício da mediunidade requer de nós uma grande parcela de esforço e trabalho. Mas isso também ocorre em qualquer nobre atividade deste nosso mundo. Estudo, disciplina, paciência, compreensão. dedicação e amor são requisitos indispensáveis a quem deseje servir na Seara do Bem.
Cumprindo a tarefa que nos compete dentro do campo da mediunidade, nós mesmos seremos os maiores beneficiados. Estaremos eliminando vícios e maus hábitos e adquirindo virtudes que nos tornarão fortes, capazes de suportar as dificuldades com galhardia.
Devemos considerar. ainda. que a Espiritualidade Maior conta com o nosso trabalho no socorro ao próximo. estendendo consolação c luz a quantos estão em sofrimento. E não poucas vezes o irmão atendido por nosso intermédio é alguém com o qual estamos em débito, e a oportunidade aproveitada favorece o perdão de nossas faltas por quem havíamos ofendido.
Mediunidade, pois, não é condenação, mas benção divina. Nossos guias são amigos bondosos e pacientes, com os quais combinamos servir aqui deste lado: auxiliam-nos muito mais do que imaginamos, para que não abandonemos a luta pelo caminho.
Assim, afastemos de nós quaisquer pensamentos contrários ao exercício da mediunidade. Abracemos o trabalho com alegria e confiança, na certeza de que somente após tê-lo bem e fielmente cumprido alcançaremos a paz em nossas consciências.
Ação Espírita - Julho/Agosto/Setembro - 1995

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