sábado, 6 de fevereiro de 2010

CONSEQUÊNCIAS DO PASSADO

1-Como podemos compreender os resultados de nossas existências anteriores?
-Para compreender os resultados das existências anteriores, baste que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.

2-Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos de existências passadas?
-Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantarmos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreende-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.

3-Qual a lição que as horas nos ensinam?
-Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera.
-Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.

4-Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?
-No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.

5-Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
-Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.

6-Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?
-Os grandes delitos operam na alma; estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.

7-O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?
-Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatórias, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas, transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.

8-E os protagonistas de tragédias passionais?
-Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos; exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e da devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente, até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atento ao reequilíbrio de que se vêem necessitados, ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do Espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.

9-E aos cúmplices de erros e enganos?
-As grandes dificuldades não caem exclusivamente sob os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que adotaram são impelidos a recebe-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.

10-O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
-Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito em breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente; requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos na falência a que se arrojou.

11-Que acontece aos que impelem o próximo à falência moral?
-Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestamos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que nos enredamos, ao precipita-los nos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
-Nas mesmas circunstâncias carreamos em nós, enraizadas nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.

12-E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
-Quando desencarnados, não fugimos à lei de causa e efeito.
-Se malbaratamos os tesouros das emoções e dos pensamentos na Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades conseqüentes, a se entranharem nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.

13-E àqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
-Nessas condições, o porvir esboça-se, nebuloso, apontando-nos graves lições de refazimento e resgate.
-Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer de permeio.

14-E àqueles que perpetram crimes?
-Se perpetramos crimes na pessoa dos nossos semelhantes, eis-nos à frente de mutilações dolorosas.

15-E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
-Se nos entregamos à extravagância da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.

16-E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
-Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecentes, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.

17-E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
-Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.

18-As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
-Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que nos partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.

19-Qual deve ser a nossa atitude perante as provas da vida?
-Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.

20-Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
-Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.

Da Obra “Leis Do Amor” - Espírito: Emmanuel –
Psicografias: De Francisco Cândido Xavier Dos Capítulos Pares  E Waldo Vieira, Dos Capítulos Ímpares.

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